Arianna Delane, 4 anos, sobrinha de George Floyd, foi baleada num tiroteio em sua casa em Houston, Texas (Estados Unidos), na madrugada de 1 de janeiro de 2022. A criança, que estava a dormir durante o sucedido, ficou com um pulmão e o fígado perfurados e ainda com três costelas partidas. Depois de ser submetida a uma operação, sabe-se que está estável.
O pai da criança, Derrick Delane, relata o momento em que se apercebeu de que o tiroteio que ocorreu no segundo andar do prédio onde habitam, em Yellowstone Blvd, tinha atingido a filha. "A minha filha saltou e disse 'pai, fui atingida' e eu fiquei em choque ao ver o sangue e perceber que a minha filha, de 4 anos, tinha sido realmente atingida", disse ao ABC13. "Ela não sabia o que estava a acontecer, estava a dormir”, acrescentou.
A sobrinha de George Floyd, um cidadão afro-americano morto por um polícia em 2020, foi levada pela mãe de imediato para o hospital, onde foi submetida a uma cirurgia devido aos ferimentos provocados pelas balas que atingiram um pulmão, o fígado e três costelas.
De acordo com a televisão local, a criança de 4 anos, que continua hospitalizada, está estável.
Até ao momento, não foi detido nenhum suspeito e o caso está nas mãos das autoridades. O chefe da polícia de Houston, Troy Finner, lançou ainda esta terça-feira, 4, uma investigação no Departamento de Assuntos Internos para perceber a razão do demorado tempo de resposta da polícia após o tiroteio. Isto porque as autoridades chegaram ao local por volta das 7 horas, passadas 4 horas do tiroteio que teve início antes das 3 horas da madrugada.
Enquanto são apuradas responsabilidades, o agente Troy Finner pede que a população local "continue a rezar pela total recuperação da criança e colabore com informações que possam levar à prisão do suspeito ou suspeitos responsáveis ", disse em comunicado.
Recorde-se que George Floyd, o tio de Arianna, foi assassinado a 25 de maio de 2020 por um polícia, em Minneapolis, que manteve o joelho sobre o pescoço do afro-americano enquanto este repetia a frase "não consigo respirar" até morrer asfixiado. Em abril de 2021, o polícia em causa, Derek Chauvin, foi considerado culpado pelas três acusações de homicídio.