Érika de Souza, a mulher que levou um homem morto a um banco e tentou cometer fraude e conseguir um empréstimo em seu nome foi detida na terça-feira, 16 de abril, numa agência bancária do Itaú, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Ao que tudo indica, Érika é sobrinha do homem, que teria 68 anos, e estaria a tentar conseguir um empréstimo de 17 mil reais, o que equivale a pouco mais de 3 mil euros.
De acordo com o relatório feito pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira, dia 17, não foi possível confirmar há quanto tempo o homem estaria morto quando chegou ao banco em Itaú, não existindo “elementos para confirmar do ponto de vista técnico e científico se o Sr. Paulo Roberto Braga faleceu no trajeto ou no interior da agência bancária, ou se foi levado já cadáver até à agência”, lê-se no relatório, segundo o “Metrópoles”.
Além disso, o documento explicou ainda que a morte de Paulo Braga pode ter acontecido quatro horas e meia antes deste chegar ao banco numa cadeira de rodas empurrada por Érika, mas a informação ainda não foi confirmada. O mesmo meio de comunicação social avançou também que o relatório explicou que uma pneumonia por aspiração e insuficiência cardíaca foram as causas da morte. Um exame toxicológico deverá explicar, durante os próximos dias, se o homem foi envenenado antes de morrer.
Na terça-feira, Érika chegou ao balcão de atendimento da agência bancária acompanhada por Paulo Braga, morto numa cadeira de rodas. Em frente aos funcionários, que gravaram o momento, a mulher chamou o homem de “tio”, e pediu-lhe que assinasse um documento, enquanto segura no braço e na cabeça do homem. "Tio Paulo, está ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, tem que ser o senhor. O que eu posso fazer, eu faço", disse a mulher, no vídeo.
Uma das funcionárias do banco acabou por alertar Érika e explicou que o homem não parecia estar bem, mas esta desvalorizou, alegando que o homem era “assim mesmo". É nessa altura que a alegada sobrinha voltou a falar para o cadáver. "Se o senhor não ficar bem, vou-te levar para o hospital. O senhor quer ir pra UPA [Unidade de Pronto Atendimento] de novo?", disse.
Após esta interação, os funcionários do banco chamaram ajuda médica, dado que achavam que o homem estava com problemas de saúde. Foi confirmado que o idoso já estava morto e a mulher foi detida e levada para a esquadra para prestar esclarecimentos, e foi acusada por tentativa de furto mediante fraude e profanação de cadáver.