Os macacos estão a tornar-se um problema grave na cidade de Lopburi, na Tailândia, ao ponto de esta correr o risco de se tornar uma cidade fantasma. Um bando de 3.500 macacos invadiu o centro da cidade, fazendo com que várias lojas e empresas tivessem de encerrar as suas atividades, dado que os animais perturbam os clientes e destroem os negócios.
Veja o vídeo da invasão.
Surachat Chanprasit, diretor-adjunto do centro comercial Pingya Mall da cidade, afirmou que os macacos entram frequentemente no local para trepar e perturbar os clientes que vêm fazer compras. Os proprietários de pequenas empresas que alugam espaços para vender os seus produtos têm frequentemente de reparar telhados, janelas e outros estragos todos os meses.
O centro comercial foi posto à venda há cerca de dois anos, mas não houve compradores. “Anteriormente, um investidor chinês tinha visitado a zona para verificar a viabilidade de um investimento. No entanto, quando o investidor se apercebeu que o problema da população de macacos ameaçava o coração da cidade e não tinha sido resolvido, adiou o investimento indefinidamente”, contou ao "Khaosod".
O centro da cidade, que costumava ser uma zona comercial importante, atualmente está deserto e em ruínas, segundo a Câmara de Comércio de Lopburi. A organização acusou as leis de construção da cidade, que limitam a altura dos edifícios e preservam a sua história, de agravarem o problema dos macacos.
Pongsatorn Chaichanapanich, o presidente da Câmara de Lopburi, considera que as leis devem ser alteradas para permitir o controlo de macacos em áreas urbanas e salvar a economia da cidade. “Antes de os macacos começarem a destruir tudo, eram uma parte importante do negócio turístico da cidade, uma vez que os visitantes costumavam ir a locais históricos e tinham a oportunidade de alimentar e interagir com os animais como bónus”, disse.
“Costumava realizar-se um festival anual para agradecer aos animais o facto de trazerem pessoas a Lopburi. No entanto, nos últimos anos, têm-se registado problemas crescentes que os tornaram invasores esfomeados, resistindo até aos programas de esterilização do governo, e espera-se que os funcionários da região assinem um memorando de entendimento com o Departamento de Parques Nacionais, Vida Selvagem e Conservação de Plantas para encontrar soluções conjuntas para o problema dos macacos”, explicou.