
Há coisas no mundo animal que são difíceis de imaginar ou sequer acreditar - e esta é bem fora do comum. Em África, mais propriamente nas zonas mais a sul do Deserto do Saara, há um macaco que conta com uma característica que o diferencia de todos os outros: em vez de ter a mesma cor de testículos que os outros animais, um rosa mais avermelhado ou mais escuro, este macaco conta com umas glândulas bem azuis, numa cor forte e capaz de captar todas as atenções.
Este é o macaco-vervet, cujo nome científico é Chlorocebus pygerythrus, que também se destaca na savana africana pela sua forma de socializar com os outros animais. Os machos adultos são normalmente quem conta com esta cor mais berrante de testículos, numa espécie de azul turquesa bem vibrante, que quase parece artificial ou pintada, tendo ainda uma espécie de pinta avermelhada ao centro. No entanto, esta característica não acontece por acaso: o azul dos testículos é utilizado como uma forma única de comunicação entre os macacos, segundo o "G1", e é com esses sinais que eles vão conseguir conquistar as suas parceiras.
Desta maneira, é assim que os machos adultos mostram força e garantem o seu espaço dentro do grupo, uma vez que servem de referência ao seu domínio sobre os outros - ou seja, quanto mais azulado for o testículo, mais destacado dentro do grupo será o macho. Alguns estudos apontados pelo site também explicam que a tonalidade do azul pode variar consoante os níveis de stress do macaco, assim como pela sua dieta e nutrição, que varia entre folhas, frutas, sementes, flores, insetos ou até mesmo aves.
Algo muito comum nesta espécie é também a sua comunicação sofisticada, utilizando sons distintos para diferentes ameaças, como serpentes, aves ou grandes felinos. Este seu nível de interação tem despertado um grande interesse por parte dos entendidos nesta matéria, que inclusive afirmam que o macaco-vervet é uma das espécies animal utilizada no entendimento do comportamento social humano. Isto porque contam com características semelhantes ao Homem, segundo o "BioDiversity4All", como a hipertensão arterial, a ansiedade, a sociabilidade e a dependência do álcool.