Pasta de dentes para secar borbulhas, máscaras de azeite para hidratar ou de café para limpar os poros. Há quem teste tudo e mais alguma coisa em prol de uma pele perfeita, mesmo que essas práticas não sejam recomendáveis – mas há uma influenciadora brasileira que leva a taça. Isto porque esta utiliza fezes na sua rotina de pele e, claro, está a ser alvo de polémica.

Débora Peixoto tem 30 anos e causou alvoroço nas redes sociais com um vídeo que já ultrapassou as 200 mil visualizações. "Maior loucura que fiz na vida. Passei cocó no rosto para hidratar e o resultado ficou surpreendente", lê-se no parágrafo introdutório inicial, antes de a influenciadora começar a aplicar as fezes no rosto.

A criadora de conteúdos digitais e adultos, que tinha as fezes guardadas num pote no frigorífico, começou a aplicá-las como se de uma máscara se tratasse – e ainda utilizou uma mola no nariz. Além de alegar que a pele ficou hidratada, Débora Peixoto diz que fez com que esta parasse de escamar. E a polémica estalou.

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Nos comentários da publicação, a grande maioria dos utilizadores frisou a necessidade da influenciadora de ficar viral e de, consequentemente, fazer de tudo para atingir esse fim. "Busque terapia para curar a necessidade de ser vista", "Tadinha, quanta apelação", "Come [as fezes], para dar mais likes" são apenas uma amostra do que se disse.

Contudo, esta prática pode ser perigosa. De acordo com o site dos Lusíadas, as fezes até podem ser "constituídas por 75% de água", mas não só – o "componente sólido é uma mistura de fibras, bactérias fecais, células intestinais e muco". Isto significa que, tratando-se de toxinas e resíduos que o organismo eliminou, é extremamente perigoso utilizá-las em qualquer ritual de cuidados de pele.

"A pele pode ser exposta a infeções bacterianas, virais e parasitárias ao entrar em contato com fezes humanas. Isso pode levar a condições como dermatites, abscessos, e até problemas de saúde mais graves como septicemia, que é uma infeção generalizada", diz um especialista, citado pelo "O Tempo", acrescentando que podem até "causar reações alérgicas e inflamações severas".

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