O ator Jonathan Majors, ultimamente mais conhecido por fazer parte de vários filmes do Universo da Marvel e por contracenar com Michael B. Jordan no filme “Creed III”, foi considerado culpado de agressão e assédio à sua ex-namorada, Grace Jabbari, na segunda-feira, 18 de dezembro, após um julgamento de duas semanas que teve origem num incidente ocorrido em março. O ator foi preso nesse mesmo mês, depois de ter ligado para o 911 (112 em Portugal) a dizer que tinha encontrado Jabbari inconsciente no seu apartamento, em Nova Iorque.
A polícia disse ter visto ferimentos na ex-namorada de Jonathan Majors, incluindo um dedo partido e um corte atrás de uma orelha, segundo o “The Hollywood Reporter”. O incidente começou, de acordo com Grace Jabbari, dançarina britânica de 30 anos, dentro de um carro com motorista, onde o ator, alegadamente, a atingiu na cabeça com a mão aberta, torceu o seu braço atrás das costas e apertou o seu dedo até o partir, ferimentos compatíveis com aqueles que a polícia encontrou.
Ao longo do julgamento, Majors foi acusado de ter um "padrão cruel e manipulador", com a acusação a partilhar mensagens que mostravam o ator a implorar à ex-namorada para que não procurasse tratamento hospitalar devido a um ferimento na cabeça, segundo o “Jornal de Notícias”. Numa das mensagens, o ator de 34 anos chega mesmo a escrever que a ida de Grace Jabbari ao hospital podia “levar a uma investigação”, e que os médicos iam "suspeitar de algo”.
Duas semanas depois do início do julgamento, um júri de Manhattan considerou o ator de 34 anos culpado de dois dos quatro crimes em que foi acusado, sendo absolvido de uma acusação de agressão e assédio agravado. A leitura da sentença ficou marcada para o dia 6 de fevereiro, e Jonathan Majors pode ser sentenciado a uma pena que pode ir até quase um ano de prisão. O veredicto acabou por ser um um grande golpe para a carreira do ator.
Antes da sua detenção em março, o ator norte-americano estava a ser posicionado para ser uma das caras principais da próxima fase do universo cinematográfico Marvel, com o estúdio a construir todas as novas histórias paralelas à volta de Kang, o Conquistador, personagem de Jonathan Majors. O supervilão que viaja no tempo foi incluído no filme “Homem Formiga e a Vespa: Quantumania”, nas duas temporadas da série “Loki” e ia ser o personagem principal de “Avengers: A Dinastia Kang”, previsto para sair em 2026.
Agora, apesar de a Marvel e a Disney ainda não se terem pronunciado publicamente sobre o sucedido, uma fonte confirmou à Associated Press que o ator de 34 anos foi retirado de imediato de todos os projetos futuros, não existindo ainda substituto.
A Marvel tem a opção de desenvolver novamente os seus planos iniciais e concentrar-se num novo vilão, o que parecia estar a fazer desde que Jonathan Majors foi detido, depois de terem contratado novamente Michael Waldron, o criador de “Loki”, em novembro deste ano. O propósito desta contratação seria para que o realizador tentasse reformular o novo filme “Vingadores: A Dinastia Kang” para “Vingadores 5”.
Majors já foi considerado um dos principais atores em ascensão em Hollywood. O norte-americano ganhou destaque pela primeira vez em 2019, no filme “O Último Homem Negro em São Francisco”, tendo depois passado para os papéis principais de filmes como “Devotion - Uma História de Heróis”, “Lovecraft Country”, “Vingança e Castigo” e “Irmãos de Armas", onde contracenou com Chadwick Boseman. Em 2023, para além do seu destaque na MCU, foi protagonista de “Creed III", ao lado de Michael B. Jordan, o que o tornou um dos atores mais requisitados da indústria, algo desvalorizado a partir desta segunda-feira, dia 18.