Julia Wendell, de 21 anos, tornou-se conhecida após alegar na Internet que seria Madeleine McCann, a menina desaparecida em 2007, na Praia da Luz, no Algarve, mesmo sabendo que Maddie teria dois anos a menos, ou seja, à data estaria com 19 anos. Contudo, alguns dias após a entrevista no "Dr Phil", onde insistiu que seria a menina desaparecida, os testes de ADN que realizou já vieram desmentir essa informação. Julia não é Maddie.

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A família da jovem alegava que Julia estaria a usar "mentiras e manipulação" para que as pessoas acreditassem que seria Madeleine. O teste de ADN evidenciou que a jovem é, de facto, polaca, tal como esclarecido pelos pais, noticiou o "Radar Online". "Ela é absolutamente 100% da Polónia", declarou Fia Johansson, a investigadora privada e médium que tem acompanhado o caso da jovem, e que a levou do seu país de origem para os Estados Unidos após Julia ter recebido ameaças de morte.

Julia alegava que não tinha recordações de grande parte da sua infância, e que não teria a certeza da sua idade, uma vez que nunca tinha visto a sua certidão de nascimento, algo que os pais negavam ser verdade. "Não me lembro da maior parte da minha infância, mas a minha memória mais antiga é muito forte e é sobre férias num lugar quente, onde há praia e prédios brancos ou muito claros com apartamentos. Não vejo a minha família nesta memória", afirmou Julia, de acordo com o "Daily Mail".

Na entrevista com "Dr Phil", e recordando que a jovem não tinha provas das alegações que fazia, voltou a reforçar que seria Madeleine McCann. Durante o programa, Julia insistiu que tinha parecenças com a menina desaparecida, quando confrontada com fotografias de ambas, lado a lado. Para além disso, a jovem alegou que a mãe não lhe queria mostrar provas do seu nascimento, para além de afastar sempre o assunto em conversa. "Quando lhe perguntei por testes de ADN antes de toda esta situação, quando lhe perguntei por algumas fotografias da gravidez dela, algumas fotografias de infância... ela recusava", contou a jovem ao "Dr Phil".

Porém, num comunicado, os pais desmentiram estas alegações. "Para nós, enquanto família, é óbvio que a Julia é nossa filha, irmã, sobrinha e prima. Temos memórias, temos fotografias. A Julia também tem estas fotografias porque ela levou-as da casa da família com a certidão de nascimento, e também várias altas hospitalares", afirmaram os familiares. "Tentámos sempre entender todas as situações que aconteciam com a Julia. Ameaças da Julia com a nossa morada, as suas mentiras e manipulações, atividades na internet... vimos de tudo e tentámos impedir, explicar, pedimos que ela parasse".

A família defende ainda que tentou ajudar a jovem ao longo dos anos, que sempre recusou medicação. "Sempre tentámos ajudá-la a reerguer-se. A Julia é maior de idade há vários anos. Ela saiu de casa. Recusa tratamento, não toma a medicação regularmente. Também não aproveitou a possibilidade de tratamento num centro muito bom na Polónia, que concordou em aceitá-la. A Julia já quis ser cantora, modelo. Ela sempre quis ser popular. O que está a acontecer agora é que ela tem 1 milhão de seguidores. A internet não vai esquecer, e é óbvio que a Julia não é a Maddie. Estamos devastados com esta situação atual", declarou a família, segundo o "Daily Mail".

Veja uma parte da entrevista com "Dr Phil".