Christian Brueckner, o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, começou esta sexta-feira, 16 de fevereiro, a ser julgado por cinco crimes: três de violação e dois de abuso sexual de menores, cometidos em Portugal. Mas o julgamento acabou por ser interrompido.
Este adiamento deveu-se a publicações polémicas feitas na rede social X (antigo Twitter), por parte de um membro do júri, acerca de Jair Bolsonaro. Nesses tweets, Britta Thielen-Donckel insultava o ex-presidente brasileiro e pedia a sua morte ("Matem este idiota! Matem o diabo"). E estas ações não passariam impunes.
Assim que Christian Brueckner chegou ao tribunal, a defesa fez um requerimento a invocar que um membro do júri não tinha condições para desempenhar as funções, assim como menciona o "Correio da Manhã". Como resultado, a sessão foi interrompida durante 30 minutos.
Quando a retomaram, anunciaram que seria adiada para 23 de fevereiro, a próxima sexta-feira. A sessão já tinha começado com um atraso de quase 40 minutos devido à agitação da imprensa e do público nas imediações do tribunal de Braunschweig, na Alemanha, onde se verificou um forte aparato policial
O suspeito de 47 anos terá chegado ao tribunal algemado, com um ar cabisbaixo e sem olhar para as câmaras dos jornalistas, conforme relatou o mesmo jornal. É a primeira vez que é visto em quatro anos, recorda o "Daily Mail", uma vez que já se encontra encarcerado.
Brueckner está preso desde 2019, a cumprir uma pena de sete anos por ter violado uma norte-americana de 72 anos no Algarve, em 2005. Este julgamento poderá durar até junho e, durante o mesmo, serão ouvidas mais de 40 testemunhas que poderão ser cruciais. De acordo com o "Daily Mail", as autoridades esperam que a condenação de Brueckner possa fazer com que este revele mais pistas sobre o desaparecimento de Maddie McCann em troca de uma pena mais leve.
Caso seja considerado culpado, Christian Brueckner deverá passar o resto da vida atrás das grades, menciona o mesmo jornal. Christian Brueckner vivia perto do apartamento turístico onde Maddie foi sequestrada a 3 de maio de 2007. A criança britânica, na altura com 3 anos, terá sido retirada do quarto onde se encontrava a dormir, com os dois irmãos.