Karol Eller era uma conhecida apoiante do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Assumidamente lésbica, esteve num retiro religioso e, em setembro, afirmou nas redes sociais que tinha renunciado à "prática homossexual". Esta quinta-feira, 12 de outubro, cometeu suicídio.

A ativista política de 36 anos atirou-se de um prédio em São Paulo. Antes, tinha-se despedido no Instagram, com afirmações como "perdi a guerra" e "lutei pela pátria". Os bombeiros não chegaram a tempo de impedir a tragédia. A morte foi confirmada pouco depois.

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"É com muito pesar que confirmamos o falecimento de Karol Eller. A dor é inexplicável. Apenas pedimos oração pelos seus familiares neste momento", partilharam no Instagram da ativista. Grandes nomes da política brasileira como Flávio Bolsonaro e Nikolas Ferreira já lamentaram esta morte.

Karol Eller tinha dito que iria abdicar dos "vícios e desejos da carne", assim como recorda o jornal "Metrópoles". A brasileira chegou a criar vínculos com a família Bolsonaro, com quem foi vista em várias ocasiões. Chegou a participar num vídeo de campanha do ex-presidente onde garantia que este não era homofóbico.

A brasileira achava que a comunidade LGBTQIA+ se vitimizava e fazia afirmações como "não é por um gay ter morrido assassinado que é homofobia". Este desfecho inesperado surge um mês depois de Eller anunciar que estaria a fazer uma "cura gay".