Jack, o Estripador foi um assassino em série não identificado que atuava em Londres, no ano de 1888. A verdadeira identidade dos assassino continua por desvendar e também não se sabe o número exato de vítimas mortais que terá provocado. Sabe-se, no entanto, que Jack, o Estripador, atacava prostitutas nas ruas londrinas e que terá matado pelo menos cinco.
Há, agora, novos desenvolvimentos sobre o caso e que refutam alguns dos dados já conhecidos. Segundo o jornal britânico "The Telegraph", a historiadora Hallie Rubenhold vai lançar um livro, intitulado "The Five", onde afirma que Jack, o Estripador não lutava com as vítimas, mas que as matava enquanto estas dormiam nas ruas de Whitechapel, em Londres. As mulheres não eram prostitutas, mas antes sem-abrigo.
A historiadora refere ainda que as mulheres atacadas estavam em "posição reclinada" e que não houve qualquer tipo de barulhos ou de luta. Diz ainda que as vítimas foram encontradas sem dinheiro o que aponta para que estas sejam, de facto, sem-abrigo e não prostitutas.
No livro "The Five", Hallie Rubenhold menciona que os polícias da época tiveram atitudes sexistas, o que resultou em crenças imprecisas acerca das vítimas. Quatro das cinco mulheres assassinadas por Jack, o Estripador foram encontradas mortas na rua, enquanto que uma, Mary Jane Kelly, foi encontrada morta na cama. Este facto levou a que a polícia as considerasse como sendo prostitutas, mas apenas Mary Jane Kelly o era. Três das restantes quatro vítimas eram funcionárias da classe trabalhadora ou empregadas domésticas.
“Há muito mais evidências para sugerir que elas tenham sido mortas durante o sono do que a trabalharem como prostitutas, mas a narrativa sempre prosseguiu com a última visão", declarou a historiadora Hallie Rubenhold ao jornal "The Telegraph". "O facto de que elas tenham sido mortas durante o sono não ter sido descoberto antes é realmente surpreendente. A polícia confundiu as mulheres sem-abrigo com a prostitutas".
As cinco vítimas conhecidas de Jack, o Estripador foram Polly Nichols, Annie Chapman, Elizabeth Stride, Kate Eddowes e Mary Jane Kelly e tinham idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos.
A historiadora baseou a sua pesquisa no London Metropolitan Archive e também visitou um convento de freiras protestantes para consultar livros de registo de um dos centros de reabilitação que uma das vítimas, Anni Chapman, costumava frequentar.
O livro "The Five", da historiadora Hallie Rubenhold vai ser lançado a 28 de fevereiro no Reino Unido e a 9 de abril nos EUA. Já se encontra disponível para pré-venda no Amazon.
De recordar que o caso receber uma grande notoriedade e repercussão nos media noticiosos na época e ainda nos dias de hoje e inspirou muitas obras de ficção como livros e filmes.