Luigi Mangione, jovem de 26 anos acusado do assassinato do diretor executivo da UnitedHealthcare, Brian Thompson, foi transferido para Nova Iorque, EUA, para ser ouvido em tribunal. O suspeito, formado em Informática, foi extraditado na passada quinta-feira, 19 de dezembro, depois de ter renunciado ao direito a uma audiência na Pensilvânia, e está a ser formalmente acusado de vários crimes. No entanto, nas imagens publicadas pela polícia de Nova Iorque, quem se destaca não é o jovem.
Um dos polícias que leva pelo braço Luigi Mangione foi quem roubou as atenções, e nada mais nada menos por, neste momento sério, estar a usar uns ténis de marca - e não são dos mais baratos. O polícia, que se encontra do lado esquerdo do jovem, tinha calçados uns Off-White x Air Jordan 5 Muslin, uns ténis lançados pela Nike e pela Off White, uma marca italiana de moda e de acessórios de luxo. Com a sola em amarelo e preto e com a famosa etiqueta de plástico pendurada pelo qual os ténis da Off White são conhecidos, o seu valor varia entre 500€ e os 2000€.
Nas redes sociais, foram vários os internautas que acharam o momento hilariante, uma vez que esta era “uma escolha inesperada para aquela que é uma das mais importantes transferências de um criminoso nos dias de hoje”, como escrevem. “Todos sabemos que ele já tinha os ténis prontos ao pé do uniforme na noite anterior”, “Estamos em Nova Iorque, claro que ele ia aparecer assim”, “Polícia de celebridades” e “Os ténis provavelmente são da última rusga que ele fez em Chinatown” são alguns dos comentários deixados numa publicação sobre o tema.
Luigi Mangione aceitou a extradição para Nova Iorque, onde aconteceu o crime, durante uma audiência num tribunal na Pensilvânia, onde foi encontrado depois do assassinato, na manhã de quinta-feira, 19 de dezembro. Ao chegar a Nova Iorque, Luigi Mangione foi detido sem direito a fiança, de acordo com o “Jornal de Notícias”, e está a ser formalmente acusado de 11 crimes.
Entre elas, estão duas acusações de perseguição, uma acusação de homicídio com recurso a arma de fogo e uma acusação de crime por utilização de uma arma equipada com silenciador, de acordo com a CBS, além de outras acusações de posse de armas e de falsificação. Estas acusações são importantes porque dão aos advogados de acusação a possibilidade de pedirem a pena de morte para Luigi Mangione. Além disso, estas acusações são feitas depois de, no início desta semana, o gabinete do Procurador Distrital de Manhattan, Alvin Bragg, acusar o jovem de homicídio como ato de terrorismo, o que implica uma possível pena de prisão perpétua sem liberdade condicional.
Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, uma das maiores seguradoras médicas dos EUA, foi assassinado na quarta-feira, 4 de dezembro. Na altura, o suspeito usava um casaco com capuz e tinha o rosto parcialmente coberto, tendo-se aproximado de Brian Thompson por trás, um ataque que ficou registado nas câmaras de vigilância do local onde se encontravam. Luigi Mangione foi detido na segunda-feira, 9, enquanto estava num McDonald’s em Altoona, na Pensilvânia, após um funcionário o ter reconhecido e denunciado às autoridades.
Foi confirmado que as impressões digitais de Luigi Mangione coincidem com as encontradas perto do local do crime e que os cartuchos da arma também coincidem com a que ele tinha consigo quando foi detido, segundo a BBC. Consigo tinha também um documento manuscrito onde demonstrava a sua raiva contra o sistema “parasitário” das companhias de seguros de saúde, e veio-se a saber que o motivo deste homicídio poderá estar relacionado com a lesão na coluna vertebral – causada enquanto praticava surf no Havai, onde viveu seis meses – que mudou a vida do jovem de 26 anos, deixando-o com dores crónicas desde 2022.