Aquela que parecia ser uma tarde de brincadeira entre crianças teve um desfecho trágico. Eloá Oliveira, de 2 anos, estava a brincar com a prima, de 5, quando esta lhe deu um tiro acidentalmente, culminando na sua morte. As menores tiveram acesso à arma do pai da vítima, Elienay Pinheiro, que é polícia militar.

Tudo aconteceu esta quinta-feira, 11 de maio, num bairro do município de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. De acordo com o delegado Olímpio Fernandes, que está aos comandos da investigação, a arma estaria guardada na mesa de cabeceira, ao lado da cama do pai da vítima, debaixo de um fundo falso, avança o "G1".

"Tudo indica que as crianças estavam assistindo televisão e o dono da casa (o policial militar) estava preparando o almoço delas", começa por explicar o responsável pelo caso. "Na casa, naquele momento, ele era o único que estava lá", continua, acrescentando que a arma estava carregada com seis munições.

Depois de Eloá ser atingida, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, tendo sido levada, de seguida, a para o Hospital Municipal de Cuiabá. Apesar de todos os esforços, a criança, que havia sido adotada há um ano, acabou por não resistir aos ferimentos e morreu umas horas depois, segundo o "Primeira Página".

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"Criança a gente sabe que é muito curiosa, então pode ter tido a procura de alguma coisa e, por acaso, ter encontrado. A arma é particular, o proprietário é um policial e é habilitado. Consta que ele tinha muito cuidado com a guarda da arma", explica Olímpio Fernandes. Contudo, o responsável vai ter de responder por omissão de cautela – ou seja, por não ter tido o cuidado necessário para impedir que a menor se apoderasse da arma de fogo.

Quanto à prima de Eloá, não sofrerá qualquer tipo de medida socioeducativa. "O próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que ela deve ser submetida a medidas protetivas por conta da idade. A gente tem vítima de 2 anos, mas também uma vítima psicológica, porque uma criança de 5 anos ver sua prima no chão caída, morta, o abalo com certeza vai ser para o resto da vida", explicou outro delegado, Marcel Gomes de Oliveira, citado pelo "G1".