A empresa de cruzeiros norte-americana Celebrity Cruises está a ser processada por uma família do estado da Flórida por ter conservado o cadáver de um homem num refrigerador de bebidas, levando a que o processo de decomposição fosse acelerado e impedindo a família de ter um funeral como queriam.
Robert L. Jones morreu aos 79 anos no navio Celebrity Equinox a 15 de agosto de 2022, de problemas no coração. Apenas a mulher, Marilyn Jones, estava com ele. Não é a primeira vez que alguém morre num cruzeiro desta empresa, pelo que existem protocolos a cumprir.
Porém, não foi isso que aconteceu. Asseguraram a Marilyn Jones que o corpo do marido iria para a morgue do navio, que possuía todas as características necessárias, e ali ficaria até regressarem à Florida. No entanto, sem qualquer aviso, moveram o cadáver de Robert para um refrigerador de bebidas.
A família só descobriu quando o navio atracou e alguém dos serviços funerários foi buscar o corpo, que estava verde e em avançado estado de decomposição, já que a arca onde tinha sido colocado não conseguia preservar como seria preciso. Isto fez com que a família não pudesse abrir o caixão no funeral.
À mulher de Robert tinham dito que havia duas opções: manter o corpo devidamente conservado no navio ou removê-lo na paragem em Porto Rico. A segunda opção faria com que Marilyn, na altura com 78 anos, tivesse de ficar nesse país com o corpo do marido e tratar ela do transporte de ambos para os Estados Unidos.
Os próprios funcionários do cruzeiro aconselharam Marilyn a manter o corpo no navio. Ao descobrir a forma como o corpo de Robert foi tratado, a família processou a Celebrity Cruises, a quem exige um milhão de euros. O processo deu entrada no tribunal a 19 de abril, assim como menciona o "Daily Mail".