Boris Mollar nasceu a 10 de outubro de 2022 em Cañada de Gómez, Santa Fé, com uma miocardite fulminante e esperava, com urgência, por um transplante de coração. O bebé de cinco meses morreu esta terça-feira, 14. A criança estava internada no Hospital Italiano de Buenos Aires, na Argentina, e na lista de prioridades do Incucai à espera do transplante, mas o órgão não apareceu e o seu coração deixou de bater.

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Karen Scansetti, a mãe, que teve uma gravidez "impecável" foi apanhada de surpresa com a doença do filho e diz que agora, depois da morte do menino, vai continuar a sensibilizar a população para a importância da doação de órgãos. 

“Boris veio para nos ensinar muito. Para nos mostrar uma carência na sociedade em relação à doação de órgãos pediátricos. Ele veio mostrar-nos uma realidade que muitas famílias vivem. Continuamos para que ninguém mais precise de passar por isso, ninguém mais precisa de estar neste lugar e pelas 200 crianças que estão atualmente na lista de espera. Vamos ficar atentos porque é urgente”, afirmou Karen.

A mãe alertou ainda para a urgência da aplicação da lei das cardiopatias congénitas, que prevê o acesso ao diagnóstico pré-natal. " É muito importante ter um diagnóstico pré-natal. A doença cardíaca de Boris não teve tratamento desde a barriga, mas há muitas outras que têm. Teria nos ajudado a decidir onde, quando e em que condições ele deveria nascer".