O papa emérito, que liderou os destinos da igreja Católica entre 2005 e 2013, morreu este sábado, 31 de dezembro, por volta das 9h34, anunciou o Vaticano.
Foi o papa que sucedeu a João Paulo II, um dos mais amados da história da Igreja Católica. Assumiu o cargo de chefe de Estado do Vaticano em abril de 2005, tinha 78 anos. Foi o 265.º Sumo Pontífice da história do catolicismo e tomou a inédita decisão de renunciar ao cargo, em fevereiro de 2013. "Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando", anunciou na Sala del Concistoro do Palácio Apostólico, na manhã de 11 de fevereiro de 2013. Desde então, passou a viver no Mater Ecclesiae, mosteiro nos jardins do Vaticano.
Alemão, nascido na Baviera em 1927, foi ordenado padre em 1951, juntamente com o irmão, Georg Ratzinger. A juventude ficou marcada pela II Guerra Mundial. Cumpriu serviço militar, combateu na guerra e chegou a estar preso no campo de concentração em Bad Aibling após a rendição alemã.
O século XXI assistiu, entre 2013 e 2022, a um momento inédito na História: a coexistência de dois papas. Bento XVI foi sucedido por Jorge Mario Bergoglio, papa Francisco, o primeiro sacerdote sul-americano a chegar a Sumo Pontífice.
De acordo com a Agência Ecclesia, Bento XVI terá sido o papa mais longevo de sempre. Embora não existam registos históricos fiáveis sobre as idades dos primeiros papas, Bento XVI ultrapassou, em longevidade, Celestino III (século XII) e Leão XIII (século XIX - XX), que morreram aos 93 anos.