Chamava-se Marium e foi considerado o mamífero marinho mais querido da Tailândia depois de, em abril, ter sido resgatado das águas da região. O animal foi encontrado isolado numa das praias do país depois de ter sido separado da mãe. O salvamento implicava que ficasse em cativeiro até estar pronto para voltar ao mar.

No entanto, cerca de quatro meses depois, os veterinários responsáveis por cuidar de Marium revelaram que o animal não resistiu a uma infeção causada pela ingestão de plástico e morreu.

A notícia foi dada este sábado, 17 de agosto, pelo jornal britânico "The Guardian", que escreve que a morte de Marium é, segundo os veterinários, mais um aviso sobre a importância de se reduzir o uso de plástico e do urgente que é proteger os oceanos.

Marium começou a mostrar sinais de stresse no início da semana e deixou de comer. Na quarta-feira, 14 de agosto, foi mudado para um tanque para ser observado de perto mas não havia nada a fazer. Morreu este sábado e os veterinários dizem que vários pedaços de plástico entupiram e inflamaram os intestinos.

Os pedaços de plástico encontrados no estômago de Marium

"Estamos todos muito tristes com a perda. Aquilo que precisa de ser urgentemente resolvido, se a ideia for preservar animais marinhos raros, é proteger os oceanos onde eles vivem", explicou Natanrika Chansue, diretora do departamento de medicina aquática em Bangecoque.

Mas a especialista já tinha expressado preocupação caso o estado clínico de Marium se alterasse de forma repentina. "Apesar de toda a gente ter ficado apaixonada por este bebé [Marium tinha apenas 5 meses] não estamos preparados para uma emergência caso alguma coisa aconteça. Temos algum material preparado mas tudo é possível", terá dito no início de julho.

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Os dugongos são animais que podem chegar até aos três metros de comprimento e há cada vez menos membros da espécie a popular os oceanos, daí a necessidade de resgatar Marium. O pequeno mamífero depressa se tornou numa estrela da internet quando surgiram as primeiras fotografias que o mostravam abraçado aos veterinários.

Após o resgate, contam os especialistas, o objetivo era que Marium fosse lançado de volta ao oceano quando atingisse os 18 meses. Era nessa altura que estaria totalmente capaz de sobreviver no mar, mesmo que sozinho.