
A onda de calor que se faz sentir por todo o país não afeta só as pessoas, como também os animais de estimação, especialmente cães e gatos. Com as temperaturas tão elevadas, os casos de desidratação, insolação e até falência de órgãos, pode ser muito mais comum do que pensamos, nos nossos amigos de quatro patas.
Segundo Elena Díaz, médica veterinária da Kivet (clínicas veterinárias da Kiwoko), “o calor pode causar nos animais problemas graves como desidratação, insolação e até falência de órgãos, se não for tratado a tempo. Por isso, é fundamental que os donos saibam identificar os sinais de alerta para poderem agir de forma adequada”, revelou em comunicado. A Kiwoko, especialista em bem-estar animal, alerta para a importância de reconhecer os sintomas que indicam que o animal pode estar a sofrer com o calor.
Entre os sintomas mais comuns está a respiração ofegante e acelerada, um esforço do animal para regular a temperatura corporal. A salivação excessiva é outro sintoma a ter em conta. Já a letargia e a fraqueza são indicadores claros de que o animal está a ressentir-se das altas temperaturas: falta de energia, apatia ou recusa em andar ou brincar são motivos de preocupação. Um dos sinais mais graves é a desorientação, animais que demonstram estar confusos, perda de equilíbrio ou dificuldade em responder a estímulos podem já estar a sofrer de insolação. Nesta fase, a situação é urgente e requer atenção veterinária imediata.
Outros sintomas a ter atenção são, vómitos e diarreia, que comprometem ainda mais a hidratação e o equilíbrio de sais minerais, e em casos extremos, pode ocorrer colapso ou desmaios, sinais críticos que exigem intervenção imediata.
Importa ainda recordar que a temperatura corporal dos gatos varia normalmente entre 38,1°C e 39,5°C, e nos cães entre 37,5°C e 39,2°C.
Para evitar estas situações, é essencial garantir acesso constante a água fresca, evitar passeios nas horas de maior calor, nunca deixar os animais no carro, e proporcionar ambientes frescos e com sombra.