Doña Cata morreu a 20 de janeiro de 2021, mas antes disso tinha expressado com a família o seu desejo para depois da morte: ter uma estátua gigante de um pénis em cima do túmulo. E assim foi. A família, que ao início pensava que a idosa estava a brincar, cumpriu com o sonho, que acabou por tornar-se viral nas redes sociais quando partilhado a 23 de julho.

Pode não parecer, mas Doña Cata era uma mulher exigente, porque o seu pedido não foi nada simples. Para construir a estátua foi necessário reunir uma equipa de 12 pessoas, incluindo um carpinteiro e um escultor, que estiveram dedicados ao projeto durante um mês. Poderia ter sido menos tempo, mas tudo atrasou devido a uma falha na primeira tentativa e o processo ter de ser reiniciado.

Foi preciso "fundir materiais para dar a amplitude necessária para que os testículos pudessem ser formados", detalhou o engenheiro do pénis, Isidro Lavoignet. "Não é muito comum ver este tipo de esculturas ou monumentos, muito menos na memória de quem já faleceu", disse à "VICE World News", referindo-se ao facto de ter achado que era uma piada quando o neto de Doña Cata, Álvaro Mota Limón, o contactou.

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O projeto só avançou depois de a família ter concordado em realizar este sonho, preparando-se já para o “ataque de críticas”, dado que a cultura mexicana não tem uma mente tão aberta, pelo menos quanto Doña Cata tinha.

“Ela sempre foi muito vanguardista, muito progressista sobre as coisas", lembra o neto, que afirma que a avó costumava dizer que a família era "verga", palavra da gíria mexicana que em português se pode traduzir-se como "idiota", palavra tanto pode ser usada num bom ou mau sentido, mas para Doña só tinha um: era sinónimo de que a sua família tinha “integridade, coragem, paixão e, ao mesmo tempo, amor e alegria” — e o pénis era um exemplo disso, segundo o neto.

A mulher que morreu perto de fazer 100 anos era até conhecida pelos políticos na cidade de Misantla, no estado oriental de Veracruz, onde cresceu a trabalhar quase desde criança, uma vez que não foi à escola. Por isso, queria ser lembrada como sempre foi: uma pessoa com amor à vida.

“Ela disse-me que desejava que que ninguém a esquecesse e que tudo o que amámos nela fosse lembrado com mais facilidade", afirmou o neto à publicação. Mais fácil do que uma estátua de pénis, com cerca de 272 quilos, em cima de um túmulo é quase impossível, uma vez que não passará despercebida a quem passar pela campa de Doña Cata no cemitério mexicano.

Doña Cata pode ter sido a precursora de um movimento de túmulos distintos, uma vez que depois de a história ter-se tornado viral, a empresa de Isidro Lavoignet recebeu mais pedidos irreverentes, como uma lápide em forma de camião basculante para uma pessoa que morreu após anos a trabalhar na indústria da construção.

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