Os Certificados Verdes Digitais (CVD), conhecidos também como passaportes COVID europeus, estão já a ser finalizados do ponto de vista técnico pela Comissão Europeia e a partir de junho, assim que a legislação seja aprovada, podem começar a ser postos em prática em cada país, noticiou este domingo, 2 de maio, o "Diário de Notícias".

Os testes à plataforma base, que irá permitir que todo o sistema dos passaportes funcione, começam a ser feitos já este mês em alguns países, indicaram fontes comunitárias ao Dinheiro Vivo, que adianta ainda que Portugal faz parte do segundo grupo de países, ou seja, terá testes a decorrer no final de maio.

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O objetivo é que os certificados digitais estejam em funcionamento a tempo do verão de modo a simplificar as deslocações entre países. O sistema permitirá saber se cada cidadão já foi vacinado, se recebeu teste PCR negativo ou se recuperou da COVID-19 e, para que tudo funcione como planeaodo, existem três plataformas pensadas — a app para os cidadãos, a app de verificação (para as entidades competentes) e o sistema para passar os certificados, escreve o mesmo jornal.

Mas, afinal, como funcionará o sistema? Os passaportes COVID europeus serão gerados mediante o pedido de cada cidadão e fazem uso dos sistemas de informação já existente do Serviço Nacional de Saúde de cada país — onde constam os registos de quem foi vacinado, testado ou esteve infetado com o novo coronavírus. Cada organismo emissor (por exemplo, um hospital, um centro de testes ou as autoridades de saúde) tem a sua própria chave de assinatura digital para que o processo seja o mais seguro possível.

Os certificados serão depois entregues a cada cidadão, em papel ou em formato digital (na aplicação móvel), que os podem passar a mostrar às autoridades mediante solicitam das mesmas. O código QR gerado contém informações essenciais e um selo digital, para garantir a autenticidade do certificado apresentado, escreve ainda o "Diário de Notícias".

O sistema foi pensado para facilitar as deslocações entre países, mas uma das hipóteses é passar a ser usado também em concertos ou festivais de música. Nestes casos, os organizadores dos eventos terão de solicitar acesso às aplicações de verificação ou a pessoas autorizadas para verificar os certificados.

O objetivo é que o CVD funcione nos 27 Estados-membros da União Europeia, mas, de acordo com o mesmo jornal,  está já a ser planeada cooperação entre países para que o certificado europeu funcione também no Reino Unido ou mesmo nos Estados Unidos.