As autoridades norte-americanas anunciaram a detenção de um jovem de 22 anos com ligações ao tiroteio que decorreu num desfile do Dia da Independência dos Estados Unidos, em Highland Park, nos subúrbios de Chicago. Robert E. Crimo III terá sido responsável pela morte de seis pessoas e pelos ferimentos de 30.

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O jovem foi colocado sob custódia policial esta segunda-feira, 4 de julho, depois de uma perseguição que durou várias horas por parte das autoridades. A polícia perseguiu-o de carro, a cerca de oito quilómetros do local do tiroteio. Sobre a detenção, as autoridades referem que ocorreu “sem incidentes”.

Ainda assim, a polícia não identificou o jovem de 22 anos como suspeito, apenas como “uma pessoa de interesse” no caso.

As autoridades de Highland Park referem ter encontrado uma arma e munições no local do tiroteio — uma espingarda que partiu de um terraço, alegadamente. Ainda não foi revelado o motivo do ato, embora a polícia revele que, até agora, não pareça ter existido um alvo específico.

Das seis mortes que resultaram do tiroteio, uma aconteceu já no hospital. As restantes acabaram por perder a vida no local, informou o porta-voz da polícia do condado de Lake, Christopher Covelli. Entre os 30 feridos, o Diretor dos Serviços de Emergência do hospital NorthShore University Health Centre recebeu 26 e informou que pelo menos quatro eram crianças com idades a partir dos 8 anos.

Os restantes feridos foram transferidos para o hospital de Evaston. “A grande maioria sofreu ferimentos causados pelos disparos e os restantes ficaram feridos por causa do caos que se instalou no desfile”, explica o hospital em comunicado.

Os ataques têm sido constantes: com este caso em Chicago, já existiram, apenas em 2022, 307 tiroteios no País. Uma das principais razões para os ataques é o fácil acesso dos jovens a armas. “Estou furioso, porque não tem de ser assim (…) enquanto celebramos o 4 de julho apenas uma vez por ano, os tiroteios em massa tornaram-se uma tradição semanal — sim, semanal”, partilhou o governador do estado de Illinois, J. B. Pritzker, numa conferência.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a sublinhar que vai continuar a lutar contra a “epidemia da violência armada”, salientando que aprovou, há poucos dias, uma nova legislação com o intuito de restringir o acesso a armas de fogo.