Warren Arter e Rebekah conheceram-se em 2007, quando Warren era o principal investigador do caso de violência doméstica de Rebekah. Warren já tinha histórico de se envolver, de forma imprópria e sexual, com pelo menos outras quatro vítimas, entre 2006 e 2012.

Mesmo assim, os dois casaram-se em 2016, em Las Vegas, num matrimónio que ficaria marcado por violação, drogas e que culminaria na morte de ambos.

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Enquanto liderava uma equipa de investigação de casos de violação, Warren foi preso, quando a polícia descobriu, por uma denúncia anónima, que estava a manter relações inapropriadas com vítimas. As acusações incluíam violação (mas não estavam ligadas a Rebekah).

Warren acabou também suspenso por abuso de poder. Em 2023, o tribunal descobriu provas de que o homem de 54 anos tomava drogas e oferecia-se para as fornecer em festas de swing (prática sexual que envolve trocas de parceiros entre casais).

Os amigos de Rebekah diziam que o relacionamento era "tóxico" e "muito controlador". Estariam ambos viciados em crack (cocaína solidificada em cristais) e cheios de dívidas. Rebekah hipotecou a casa onde vivia e vendeu uma outra propriedade que detinha.

Warren ficava acordado durante a noite e dormia durante o dia. A rotina seria sexo e cocaína. O abuso desta droga fazia com que tivesse constantemente o nariz a sangrar. Obrigaria a mulher a andar com roupas reveladoras e saltos altos e finos.

O homem, que integrava a Polícia Metropolitana de Londres, forçaria a mulher, de 47 anos, a ter sexo com outros homens em festas de swing. Rebekah terá sido violada enquanto estava inconsciente por ter sido drogada pelo marido.

Rebekah foi encontrada morta no início deste ano, num quarto do hotel O2 Beach Club and Spa, nos Barbados. Tanto a carpete como os lençóis estavam manchados com o sangue da mulher, que teve uma grave hemorragia nos pulmões devido a uma infeção viral. Tinha, também, cocaína no corpo.

Após a morte, Warren andou a gastar dinheiro dos cartões da mulher e concedeu versões diferentes acerca de como encontrou o cadáver. Acabou por ser preso mais uma vez e, duas semanas depois, cometeu suicídio, assim como conta o "Daily Mail".