Dois (ou mais) homens lutam entre si para ficar com Emily Cooper. É este o enredo de "Emily in Paris", que agora parece estar a transitar para a vida real – e para a política, até. Dizemos isto porque, na sequência da mudança da localização da personagem para Itália, o presidente francês e o presidente da câmara de Roma estão a digladiar-se pela mesma.
Emmanuel Macron parece ter ficado furioso com a decisão da Netflix, defendendo que a quinta temporada série não deve ser gravada em Roma, Itália. "Vamos lutar muito. E vamos pedir-lhes que permaneçam em Paris! 'Emily em Paris' em Roma não faz sentido", disse, em entrevista à "Variety".
Embora não seja uma das séries mais queridas dos franceses, fruto da visão romantizada do país e da respetiva capital, o chefe de estado tem a convicção de que não deixa de ser uma coisa boa. "É bom para a imagem de França. 'Emily em Paris' é muito positiva em termos de atratividade para o país. Para a minha própria atividade, é uma iniciativa muito boa", continuou.
Aliás, prova disso é que até a mulher do mesmo, Brigitte Macron, fez uma curta aparição no projeto da Netflix, na segunda parte da quarta temporada, lançada a 12 de setembro. "Fiquei muito orgulhoso e ela ficou muito feliz por o ter feito. Foram só alguns minutos, mas penso que foi um momento ótimo para ela", adiantou Emmanuel Macron.
No entanto, o presidente da câmara de Roma já veio pronunciar-se em relação às afirmações do presidente francês. Roberto Gualtieri recorreu ao X (antigo Twitter) para responder-lhe: "Caro Emmanuel Macron, fique descansado: a Emily está a sair-se muito bem em Roma. Além disso, o coração quer o que o coração quer: deixe-a escolher".
Parte da quarta temporada da série da Netflix já foi passada em Roma, onde Emily se apaixonou novamente – desta vez, por Marcello. É para a capital italiana que a protagonista, interpretada por Lily Collins, se muda no último episódio, tendo sido confirmado que a continuação da trama terá esta cidade como pano de fundo na quinta temporada.