A administração de Donald Trump anunciou esta sexta-feira, 17 de janeiro, que vai reverter os padrões de opções de comida saudável para os almoços nas escolas dos Estados Unidos defendidos e propostos pela ex-primeira dama, Michelle Obama. Em substituição de opções saudáveis, como os vegetais e fruta, a nova legislação vai permitir mais pizzas, batatas fritas e carne em todos os refeitórios dos Estados Unidos da América.
Segundo escreve o jornal britânico "The Guardian", citando um comunicado oficial do Departamento da Agricultura, estas novas propostas permitem oferecer uma maior flexibilidade às escolas americanas já que "são eles que melhor conhecem as suas crianças".
Brandon Lipps, um dos representantes do Departamento da Agricultura, foi o responsável por delinear um novo menu que vai permitir às escolas cortar na quantidade de legumes e frutas que oferecem aos almoços e pequenos-almoços enquanto possibilita a venda de uma enorme variedade de pizzas, hambúrgueres, batatas fritas e outras opções.
Segundo o "The Washington Post", a agência responsável pela implementação efetiva destes novos menus alimenta cerca de 30 milhões de estudantes em mais de 99 mil escolhas em todo o país.
Colin Schwartz, vice-diretor do departamento de Assuntos Legislativos do Center for Sciente in the Public Interest, explica ao mesmo jornal que as novas propostas, se finalizadas e implementadas, serão prejudiciais para os jovens americanos que vão acabar por preferir comidas saturadas a opções mais balançadas.
"Se estas propostas forem implementadas, vão criar uma enorme lacuna nas diretrizes da nutrição escolar, abrindo portas para que as crianças escolham pizzas, hambúrgueres, batatas fritas e outros alimentos ricos em calorias, gorduras saturadas ou sódio ao invés de opções saudáveis", lamenta.