Ao início da noite desta sexta-feira, 19 de março, o vulcão Fagradalsfjall, localizado a cerca de 45 quilómetros de Reiquiavique, a capital da Islândia, entrou em erupção. O alerta foi dado às 20h45, hora local, pelos serviços meteorológicos locais que pediram aos cidadãos para ficarem em casa apesar de haver "muito pouca turbulência" nos sismógrafos.

"A erupção vulcânica começou em Fagradalsfjall. O código de cores para todos os voos está estipulado no vermelho, mas regista-se muito pouca turbulência nos sismógrafos", lê-se no anúncio oficial emitido pelo instituo Icelandic Meteorological Office, responsável por monitorizar a atividade sísmica no país.

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Além da capital, também o Aeroporto Internacional de Kefvlavik está perto do vulcão, assim como o porto de pesca de Grindavik que, por se tratar de uma região desabitada, não deverá correr perigo devido à erupção. Por tratar-se de uma erupção efusiva, uma grande parte da lava escorre em direção ao solo e não em explosões.

Ainda que o vulcão estivesse inativo há cerca de seis mil anos e esta seja a primeira vez em 781 anos que a região regista uma erupção vulcânica, a verdade é que a área estava sob forte vigilância desde fevereiro quando foi registado um terramoto de magnitude 5.7 na escala de Richter próximo do monte Keilir, perto de Reiquiavique.

Ao terramoto seguiram-se mais de 50 mil tremores, relativamente mais fracos, deixando as autoridades em estado de alerta para a possibilidade de atividade vulcânica.

À data da publicação deste artigo, as autoridades que estão a acompanhar a erupção e a comunicá-la ao país garantem que a fissura no solo é de 500 a 700 metros e que a lava abrange menos de um quilómetro quadrado.