O rapto de um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) na madrugada de segunda-feira, 1 de abril, resultou numa morte e numa detenção na Rua Atriz Maria Matos, em Benfica, depois de uma primeira abordagem na zona de Algés, avançou o jornal "Correio da Manhã". Sabe-se agora, segundo o “Expresso”, que o homem morto seria proxeneta, e a mulher detida uma prostituta com a qual o agente tinha um encontro.

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“O polícia terá ido à procura de alguma diversão”, disse uma fonte ao jornal. O agente da PSP encontrava-se fora do seu horário de trabalho e, alegadamente, combinou um encontro com uma prostituta. No entanto, o alegado proxeneta, que já foi identificado como Amílcar Gomes Pinto, de 50 anos, de acordo com o “Correio da Manhã”, queria mais dinheiro do que o valor que o polícia ofereceu, e foi a partir desse momento que a situação piorou.

O suspeito abordou o agente da PSP (que era membro do Corpo de Segurança Pessoal da Unidade Especial de Polícia) na rua por volta das 3h30 da manhã, enquanto este estava parado num semáforo. Ao que tudo indica, Amílcar ameaçou o agente com uma arma falsa e obrigou-o a levantar dinheiro do multibanco, segundo o mesmo meio de comunicação, depois de o agente se recusar a pagar mais. 

O polícia terá convencido o assaltante, de acordo com o “Expresso”, de que teria mais dinheiro em casa, e a mulher, que depois se juntou aos dois, e Amílcar obrigaram-no a conduzir a viatura até lá. Já na sua residência, em Benfica, o polícia terá conseguido alcançar a sua arma de serviço e disparou, acertando no tórax do homem, que acabou por morrer. Segundo o CM, o agente estava "desesperado" e com "cara de pânico" quando chamou ajuda de um vizinho, que também era polícia.

A mulher, alegada prostituta, foi apanhada já na rua, enquanto fugia para dentro de um carro, e também já foi identificada, segundo o "Notícias ao Minuto". No seu depoimento, a suspeita negou à Polícia Judiciária qualquer crime, referindo apenas que tinha sido contratada para ter relações sexuais consentidas com o agente e com mais dois homens, um dos quais desapareceu do local, citou o “Correio da Manhã”. A mulher ficou em prisão preventiva, ficando indiciada pelos crimes de roubo e sequestro.

O agente da PSP foi constituído arguido pelo Ministério Público por um crime de homicídio, mas em legítima defesa, sobre Amílcar Pinto, e ficou em liberdade. A Direção Nacional da PSP abriu um processo disciplinar ao polícia e o caso está também a ser investigado internamente pela Inspeção-Geral da Administração Interna, que se “destina a apurar as circunstâncias em que foi utilizada a arma de fogo, de que resultou uma morte”, segundo o gabinete da inspetora geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, citada pelo “Expresso”.