As eleições presidenciais podem só estar marcadas para 2026, mas a primeira candidatura já está oficializada. Não, não falamos de Luís Marques Mendes ou do Almirante Gouveia e Melo, mas de André Pestana, coordenador do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP).

O anúncio oficial foi feito pelo próprio, ao início da tarde deste sábado, 21 de dezembro, tendo-se assumido como independente (e recusado posicionar-se à esquerda ou à direita). A par disto, declarou ser "a favor dos trabalhadores, para os trabalhadores", diz o "Expresso". Tudo aconteceu dentro de uma carruagem de comboio transformada em bar, em Caxias, no concelho de Oeiras.

"Dentro, simbolicamente, de uma carruagem, ao lado do oceano que liga todos os continentes do nosso planeta pretendo iniciar esta viagem de aceitar ser candidato às eleições presidenciais de 2026", disse André Pestana, citado pela mesma publicação, que acrescenta que a candidatura é a resposta do candidato a um desafio que lhe foi proposto por "50 ativistas sociais de várias áreas".

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André Pestana afirmou que pretende declarar "guerra à precariedade, à destruição dos serviços públicos, as listas de espera que continuam a existir, à escola depósito em que está a ser transformada a escola pública". A par disto, promete ser "a voz dos sem voz" contra a ascensão no mundo da extrema direita e dos movimentos "racistas, machistas, xenófobos", lê-se no "Correio da Manhã".

No que diz respeito às funções que desempenha atualmente no STOP, André Pestana deixou claro que vai "avaliar com a direção" do sindicato "como e quando suspender o cargo de coordenador" e, simultaneamente, “a  intenção de estar a dar aulas no início do próximo ano letivo", diz a mesma publicação.

André Pestana tem 47 anos, dois filhos e nasceu em Coimbra. Filho de professores, o coordenador nacional do STOP é um dos maiores rostos associados à luta dos docentes, sendo ele um também. É professor há mais de 20 anos e passou por dezenas de escolas desde que terminou o curso de Biologia, no qual ingressou em 1997, depois de uma passagem por Bioquímica, diz o "Diário de Notícias".