Depois de uma semana internado no Hospital Garcia de Orta, em Almada, Ângelo Rodrigues foi transferido esta segunda-feira, 2 de setembro, para o Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, para um novo tratamento.

A câmara hiperbárica foi a solução encontrada pelos médicos para tentar salvar a perna do ator, que ainda está em risco, devido a uma infeção causada por alegadas injeções de testosterona. Acelerar a cicatrização e potenciar o efeito dos antibióticos é o principal objetivo, tudo para evitar uma das hipóteses atuais, que é a amputação da perna.

Um aparelho desconhecido pela maioria e que, por isso, terá sido a pesquisa mais feita no Google, em Portugal, ao longo desta segunda-feira. Quem faz mergulho provavelmente já ouviu falar desta câmara, visto que esta é usada em caso de doenças de descompressão, como acontece em acidentes de mergulho. Este aparelho é também empregue para tratar doenças da visão, audição e pé diabético.

Ângelo Rodrigues vai fazer novo tratamento para travar infeção da perna
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A medicina hiperbárica ou a oxigenoterapia trata patologias numa câmara pressurizada e, dentro da câmara, o paciente respira oxigénio puro, a 100%, a uma pressão superior à atmosférica, o que promove uma regeneração dos tecidos.

"O oxigénio chega aos tecidos de forma dissolvida e por isso as células conseguem captá-lo de forma mais eficaz, mais rápida e isso favorece a cicatrização", explicou um funcionária do Hospital das Forças Armadas ao "Correio da Manhã". No final do tratamento, a câmara é despressurizada e o paciente passa pelo processo de descompressão.

Cada sessão numa câmara hiperbárica ronda os 80€ e é abrangida pelo Sistema Nacional de Saúde. Não se sabe quantas sessões o ator terá que fazer para melhorar.

Segundo o "Correio da Manhã", o ator já fez o primeiro tratamento e agora terá que esperar dois a três dias até se começar a ver resultados. Ainda assim, o estado de saúde geral do ator já está melhor e Ângelo Rodrigues já começou a comer sozinho.

Ainda que se esperem resultados muito positivos deste tratamento na câmara hiperbárica, a endocrinologista Sílvia Saraiva explicou ao jornal diário que num caso grave como o do ator, há tecidos mortos e músculos perdidos que são irreversíveis. "Depende sempre da quantidade de músculo perdido, mas será sempre uma perna muito pouco funcional".