Depois de, em maio, apontar essa possibilidade, a Direção-Geral da Saúde (DGS) reconhece agora que não há quaisquer evidências científicas que suportem a tese de que os aparelhos de ar condicionado possam propagar e transmitir o novo coronavírus. E espera-se que, nas próximas semanas, surja no site oficial da DGS uma série de novas orientações referentes a este tipo de aparelhos.

"Tendo em conta o atual conhecimento científico sobre as vias de transmissão do SARS-CoV-2, não existe evidência de que os sistemas de ar condicionado estejam implicados na propagação deste vírus, desde que esteja assegurada a sua correta instalação e manutenção periódica", clarificou fonte da autoridade de saúde ao "Correio da Manhã".

No entanto, a mesma fonte explica que este detalhe não dispensa  "a importância de garantir a ventilação natural dos espaços fechados", já que é nesses contextos que o vírus mais tende a propagar-se. "Foi também elaborada uma orientação técnica que será publicada brevemente", explica fonte da DGS ao mesmo jornal.

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Segundo a Direção-Geral da Saúde, a nova orientação para o uso de aparelhos de ar condicionado deverá abranger edifícios públicos, de habitação, comerciais e serviços. A exceção, pelo menos inicialmente, serão os hospitais — uma vez que requerem normas mais específicas.

Esse novo documento resulta da estreita colaboração entre a autoridade de saúde e a Associação Portuguesa das Empresas dos Setores Térmico, Energético, Eletrónico e do Ambiente (APIRAC). O alinhamento das medidas terá sido fechado a 3 de junho e terá como objetivo "corrigir falhas apontadas pela indústria" a todas as normas que estavam em vigor num contexto de pré-pandemia, e que determinam "a utilização do ar condicionado em modo de extração" ou a "higienização por método certificado".

Segundo a associação, as novas orientações chegam numa altura em que "o grau de desorientação gerado a nível nacional" sobre o tema provocou quebras de volumes de negócios de 50%, afetando mais de 15 mil postos de trabalho no sector.

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