Há mais 18 mortes e 2.377 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta sexta-feira, 6 de agosto, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico referente à evolução da crise sanitária no País.

A marcar a atualidade estão as novas orientação da DGS para a realização de espetáculos. De acordo com o documento, atualizada esta quinta-feira, 5 de agosto, todos os espetáculos, mesmo os gratuitos e ao ar livre, devem exigir bilhete à entrada e ter lugares marcados.

Marcelo insiste na vacinação dos mais novos, ainda que esta não esteja prevista para já
Marcelo insiste na vacinação dos mais novos, ainda que esta não esteja prevista para já
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"Os recintos de espetáculo ao ar livre devem estar devidamente delimitados, permitir o acesso apenas aos titulares de bilhete de ingresso, ainda que o espetáculo seja de acesso gratuito, não sendo permitida a entrada física sem controlo por colaborador técnico do espetáculo" lê-se no documento que estipula ainda que no caso de estes eventos se realizarem fora de "espaços ou estabelecimentos fixos de natureza artística" deverá ser pedida à autoridade de saúde uma avaliação de risco. Distanciamento físico e uso de máscara continuam a ser obrigatórios.

Também esta quinta-feira, 5, o Presidente da República voltou a insistir na vacinação dos jovens entre os 12 e os 15 anos, ainda que, para já, apenas seja possível vacinar pessoas desta faixa etária com comorbilidades. "Estou muito esperançado que seja rápida a vacinação dos que estão entre os 16 e os 17 anos, e que seja possível ulteriormente chegar-se àquilo que ainda não é para agora, mas que espero que venha a acontecer no futuro, nas idades entre os 12 e os 15 anos. Já acontece na Madeira, mas espero que venha a acontecer nos Açores e no continente", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas a partir do Palácio de Belém.

A marcar a atualidade nacional está ainda o pedido de testes à imunidade dos idosos vacinados há mais tempo por parte do Presidente das Misericórdias. Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, defende que só assim se conseguirá perceber se estes utentes ainda têm anticorpos suficientes contra o coronavírus.

Como justificação, em declarações ao "Diário de Notícias", Manuel Lemos deu o exemplo do surto que infetou 127 pessoas num lar de Proença-a-Nova, onde um surto infetou 127 pessoas (22 profissionais e 105 utentes), apesar de todos os utentes e funcionários estarem vacinados com as duas doses.