Jéssica, a criança de 3 anos que morreu esta segunda-feira, 20 de junho, terá sido vítima de violência física e abusos sexuais, conforme revelou a autópsia realizada esta quarta-feira, 22, avança o "Jornal de Notícias". Uma mulher, assim como o marido e a filha, são os principais suspeitos do crime sobre a menor.

A mulher (que segunda a mãe da criança sob ameaça era a ama) fugiu para Leiria após entregar Jéssica aos pais na segunda-feira, 20, e foi encontrada pela PJ numa casa abandonada e de seguida levada para as instalações da Polícia Judiciária de Setúbal esta quarta-feira, 22. Após prestar declarações, a mulher terá passado a noite numa prisão de mulheres, segundo a SIC Notícias, ao passo que a mãe e o padrasto de Jéssica, interrogados no mesmo dia, saíram em liberdade.

Já na madrugada desta quinta-feira, 23, as suspeitas levaram a mais detenções. "Na sequência da morte de uma criança de 3 anos, ocorrida no passado dia 20 de junho, a Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, localizou, identificou e deteve um homem, de 58 anos, e duas mulheres de 52 e 27 anos, por sobre eles recaírem fortes indícios da prática dos crimes de homicídio qualificado, ofensas à integridade física grave, rapto e extorsão", refere o comunicado da PJ de Setúbal a que o "JN" teve acesso.

Entretanto, sabe-se que as três pessoas são uma mulher e o marido desta, de 52 e 58 anos, e a filha, de 27 anos, que vão ficar detidos, avança a CNN Portugal. O casal é acusado dos crimes de homicídio qualificado, ofensas à integridade física grave, rapto e extorsão e a filha por crimes de omissão de auxílio, uma vez que terá assistido aos maus tratos que terão provocado a morte de Jéssica e nada fez para o evitar.

Os suspeitos serão submetidos a um primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação e no fim dos interrogatórios deverão ser ouvidos pelo juiz de instrução criminal num prazo máximo de 48 horas, diz a SIC Notícias.

O que poderá ter acontecido a Jéssica?

A criança de apenas 3 anos deu entrada no hospital de São Bernardo, que integra o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), com um quadro de saúde crítico. O CHS disse que Jéssica entrou na unidade já "entubada e ventilada" depois de ter sido assistida em casa da mãe por uma equipa de emergência médica. Apesar das tentativas de reanimação, a equipa do hospital de São Bernardo não conseguiu salvar a criança, que apresentava sinais de maus tratos.

A Polícia Judiciária de Setúbal ainda está a tentar apurar o que aconteceu, mas há fortes indícios que indicam que a mulher (que seria a ama da criança) tenha sido a responsável pela morte. Jéssica esteve sequestrada durante cinco dias, até ser entregue aos pais na segunda-feira. Segundo a versão inicial contada pela mãe sob ameaça, a criança terá caído de uma cadeira quando estava ao cuidado da ama, pelo que esta a teria medicado com cinco mililitros do anti-histamínico Atarax, conforme relatou à mãe, segundo a CNN Portugal.

Os ferimentos na cara e hematomas no corpo que a criança apresentava quando chegou ao hospital poderiam estar relacionados com esta suposta queda, no entanto, iam muito além do que poderia ter acontecido devido a um acidente com uma cadeira, segundo fontes hospitalares e da PJ à agência Lusa, citadas pelo "DN".

Logo na terça-feira, a PJ de Setúbal admitiu que a morte de Jéssica ocorreu num “quadro evidente de maus tratos”, o que veio a ser confirmado na autópsia realizada esta quarta-feira no Gabinete Médico-Legal de Setúbal.

A mãe e o padrasto da menina, que chegaram a ser interrogados, saíram em liberdade. Ambos terão também sido vítimas da mulher e do marido, que emprestaram dinheiro à mãe da menor e como retaliação, até receberem a quantia em dívida, terão raptado a criança, que sujeitaram a maus tratos, avança a CNN Portugal.

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