A Johnson & Johnson vai suspender a venda de um do seus produtos mais populares: o pó de talco para bebés. O produto já foi suspenso há dois anos nos Estados Unidos e Canadá, mas, em 2023, a suspensão vai alargar-se ao mundo inteiro, segundo escreve a CNN Portugal, citando a agência Lusa.
A decisão da farmacêutica surge como consequência dos milhões de dólares em casos judiciais por queixas que dizem que o produto contribuía, alegadamente, para o desenvolvimento de cancro. A Johnson & Johnson nega tais acusações, justificando que o produto sempre foi submetido a testes científicos e aprovações por parte dos agentes reguladores.
As queixas começaram a surgir a partir de 2018, depois de que o pó de talco da marca tinha — com o seu conhecimento — asbeto. Ou seja, um mineral semelhante ao amianto. Os registos internos da farmacêutica mostraram que de 1971 até inícios de 2000, o produto da Johnson & Johnson deu positivo a pequenas quantidades de amianto, refere o “Expresso”.
Tudo isto resultou em quase 40 mil queixas sobre o pó de talco estar associado ao desenvolvimento de cancro nos ovários. A empresa norte-americana tomou a “decisão comercial” de trocar o talco por amido de milho no pó de talco para bebés.
"A nossa posição sobre a segurança de nosso pó cosmético permanece inalterada. Apoiamos fortemente as décadas de análise científica por médicos especialistas em todo o mundo, confirmando que o pó de talco para bebés da Johnson é seguro, não contém asbesto e não causa cancro” explicou esta quinta-feira, 11 de agosto, a empresa em comunicado.