
Beber urina para melhorar a saúde é uma prática antiga. Se no passado não existiam grandes alternativas ou conhecimento que dissuadisse, a verdade é que, no presente, ainda há muitas pessoas a consumirem urina em prol da saúde. Mas até que ponto resulta? E que perigos tem?
A urofagia, ou terapia da urina, é adotada até por celebridades. Seja a sua urina, a de outra pessoa ou até a de um animal, bebê-la tem sido um mecanismo para tentar curar maleitas ou até preveni-las — embora não haja evidências científicas sólidas que comprovem os ditos benefícios.
Na medicina ayurvédica indiana, a urina é usada para tratar asma, alergias, indigestão, rugas e cancro. Já a China Urine Therapy Association defende que beber e lavar-se com urina pode curar constipações e feridas na pele, assim como refere o site "G1".
Pelo contrário, existem, sim, estudos científicos que provam que beber urina pode ser prejudicial para a saúde, já que a urina (composta por cerca de 95% de água e vários produtos residuais) é produzida pelo corpo para o mesmo se livrar de resíduos. Os rins filtram tudo, mas, para tal, precisam de água.
Assim, ao beber urina, as vitaminas e minerais estão a ser reciclados em vez de desperdiçados (assim como proteínas e anticorpos que podem existir na urina e ainda o excesso de vitaminas que não são necessárias para o corpo).
Deste modo, ao beber urina, poderá estar a introduzir bactérias e toxinas no intestino e, potencialmente, a causar outras doenças, como infecções estomacais. Esta prática acelera a desidratação e faz com que os rins tenham de se esforçar mais para filtrar, pois a urina fica mais concentrada se tiver de ser expelida de novo.
É então possível concluir que as alegadas propriedades curativas não são de fiar e que os riscos superam os supostos benefícios, assim como conclui o mesmo meio.