Jacques Rodrigues vai ter de pagar 803 mil euros a um ex-funcionário, que venceu um processo em tribunal. Este antigo trabalhador moveu uma acção judicial contra a empresa de Jacques Rodrigues, a Impalagest, após ter sido despedido no ano de 2019.
O processo decorreu no tribunal de Sintra, que condenou a Impalagest a pagar a este ex-funcionário créditos laborais que o mesmo tinha direito a receber desde 2019 e até à data da sentença. Tratam-se de salários, de subsídios de férias e de Natal, da indemnização e de outras compensações, esclarece o "Correio da Manhã".
Além de condenar a Impalagest a pagar ao ex-funcionário, o tribunal ordenou o arresto do edifício da sede da Impala, em Sintra, como garantia do pagamento. Esta empresa, fundada em 1976, é dona das revistas "Nova Gente", "Maria" e "TV7 Dias".
De acordo com o mesmo jornal, vários antigos trabalhadores da empresa têm sido chamados a testemunhar. O empresário de 83 anos contraiu várias dívidas e está a ser investigado pelo Ministério Público por ser suspeito de uma fraude de 100 milhões de euros.
Cerca de 300 credores reclamam mais de 60 milhões de euros. Jacques Rodrigues é suspeito da prática dos crimes de insolvência dolosa, burla qualificada e falsificação de documento. Há pelo menos 90 trabalhadores do Grupo Impala que ainda não receberam parte do subsídio de Natal e outros tantos com salários em atraso, refere o "Público".
Em Março de 2023, Jacques Rodrigues foi detido pela Polícia Judiciária, que realizou buscas na sede da empresa. Em causa estará uma fraude milionária, recorda o mesmo jornal. Acabou por sair em liberdade, com a medida de coação mínima: termo de identidade e residência.