É uma das burlas informáticas do ano. Consiste em contactar pais e mães através do WhatsApp, fazendo-se passar pelos filhos, com o intuito de pedir para lhes enviarem dinheiro. Está em causa uma fraude bastante bem sucedida, com base nos dados das autoridades.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) fez um balanço e, até meados de dezembro deste ano, este truque, conhecido por "Olá mãe, olá pai", já tinha feito 4286 vítimas, o que resulta numa média de quase 13 casos diários, aponta o "Jornal de Notícias".
No fundo, um número contacta os progenitores e finge que é o filho. Diz que perdeu o telemóvel, que o partiu, uma desculpa qualquer para justificar estar a mandar mensagem por um número alheio. Com o avançar da conversa, pede para lhe enviarem dinheiro urgentemente.
Os pais ficam a pensar que o(a) filho(a) sofreu um contratempo e precisa de ajuda e muitos não hesitam em fazer a transferência. Para evitar este engano, a PSP aconselha a que seja feita uma chamada de voz, de modo a verificar se a identidade é verdadeira ou não, ou a fazer perguntas pessoais.
Os primeiros casos deste esquema em Portugal foram reportados em outubro de 2022. "As ocorrências sinalizadas registam-se por todo o território nacional, com especial incidência nas zonas urbanas de maior densidade populacional", revela a PSP, como informa o mesmo jornal.
Os distritos do Porto, Setúbal e Lisboa são os mais afetados, de acordo com a Guarda Nacional Republicana (GNR). Entre o primeiro semestre de 2022 e o mesmo período deste ano, houve uma subida de 59,97% no número de denúncias, revela o Gabinete de Cibercrime da Procuradoria Geral da República, citado pelo "JN".