Faltam cerca de quatro semanas para o setor da cultura voltar ao ativo, mas a Espaço Público - Associação Profissional de Trabalhadores Culturais, que junta entidades do setor, está insatisfeita com os horários estipulados para a reabertura dos cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculos a 19 de abril. Os programadores culturais pedem "às autoridades competentes uma adaptação das limitações horárias dos teatros ao ritmo evolutivo do plano de desconfinamento, em consonância com o que se verifica para outras atividades", conforme previsto no plano de desconfinamento apresentado pelo governo.
A associação critica o facto de o executivo de António Costa “não dar a conhecer as condições de funcionamento dos espaços, nem os possíveis horários a serem adotados”, insatisfação à qual se junta o facto de estarem previstos horários evolutivos, por exemplo, para restaurantes, que, a partir de 3 de maio, poderão "funcionar sem limite de horários", destaca a associação, de acordo com o "Correio da Manhã".
De acordo com a Inspeção-Geral das Atividades Culturais (IGAC), os horários previstos para o setor da cultura estabelecem que as salas de espetáculo têm de encerrar às 22h durante a semana e às 13h ao fim de semana.
Quanto às regras de funcionamento, a IGAC avançou esta quinta-feira, 25 de março, que serão as que estão estipuladas na "Orientação 028/DGS, de 28 de maio”, ou seja, as mesmas que foram aplicadas em maio do ano passado — altura em que Portugal desconfinava pela primeira vez.
De acordo com as diretrizes da Direção-Geral da Saúde (DGS), será de novo obrigatório garantir "um lugar livre entre espectadores que não sejam coabitantes", "os intervalos, sempre que possível, devem ser evitados" e em espaços fechados, "deve ser utilizada máscara por todos os utilizadores e colaboradores".
A 19 de abril retoma a atividade de teatros, auditórios, salas de espetáculos e cinemas, bem como de “eventos no exterior, sujeitos à aprovação da Direcção-Geral da Saúde”, avança o "Público". Já a 3 de maio, a última fase do plano de desconfinamento prevista, vão passar a ser permitidos "grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação".