Está renovado o 11º Estado de Emergência que entrará em vigor às 00h do dia 15 de fevereiro e que se manterá até 1 de março. Marcelo Rebelo de Sousa falou ao País esta quinta-feira, 11 de fevereiro, após ter sido tomada a decisão em Conselho de Ministros. Segundo o Presidente da República, o estado de emergência deverá prosseguir "março fora" para que seja possível assegurar um verão e um outono tranquilos.
"Temos de sair da primavera sem mais um verão e um outono ameaçados, em vida, saúde, economia e sociedade. Temos de assegurar que a Páscoa, no início de Abril, não será causa de mais uns meses de regresso ao que vivemos nestas semanas", disse. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ainda que, até à Páscoa, "temos de descer os infetados para menos de 2000 para que os internamentos e os cuidados intensivos desçam dos mais de 5000 e de 800 agora para perto de um quarto desses valores".
Deste modo, a previsão é de que o estado atual de emergência e confinamento se mantenham até abril. "Temos de manter o estado de emergência e o confinamento como os atuais por mais 15 dias, e, apontar para prosseguir, março fora, no mesmo caminho, para não dar sinais errados para a Páscoa", referiu o Presidente da República.
Para além do estado de emergência e do confinamento, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ainda que "temos de melhorar o rastreio de contaminados, com mais testes e, sobretudo, com mais operacionais, e ter presente o desafio constante da vacinação possível." Segundo o presidente, sem essas peças-chave "não haverá um desconfinamento bem sucedido” e acrescentou que que teremos de evitar que qualquer abertura seja um novo intervalo entre duas vagas.
Horas antes, também António Costa falou ao País assumindo que o confinamento está a dar resultados, contudo, segundo o primeiro-ministro, ainda é cedo para "discutir desconfinamentos totais ou parciais". Para além disso deixou um aviso: "Não haverá, seguramente, festejos de Carnaval e a Páscoa também não será a Páscoa que conhecemos."