Assim que for lançada e disponibilizada uma vacina contra a COVID-19, os investigadores terão de tentar perceber se esta será capaz de conter a transmissão do vírus em comunidade por assintomáticos. A resposta estará numa nova investigação a ser conduzida ao longo dos próximos meses e que, dizem os especialistas, permitirá perceber se será possível controlar a pandemia em breve.

"Ainda não sabemos se, de facto, a vacina impede alguém de contrair a doença ou não", explica Larry Corey, virologista americano e um dos responsáveis pelo estudo, à revista "Business Insider". A sua proposta para que se chegue a alguma conclusão, diz, passa pela observação de milhares de estudantes ao longo dos vários estados dos EUA a partir de janeiro. Os voluntários vão receber duas doses de uma vacina experimental — que pode ser da Moderna ou da Pfizer — ou placebos, e seriam testados para a COVID-19 de forma regular.

Nos primeiros ensaios, explica o virologista à mesma publicação, os voluntários só seriam testados se apresentassem quaisquer sintomas característicos de infeção pelo novo coronavírus. Mas reforça que só através da testagem diária é que seria possível aos investigadores detetar infeções assintomáticas — e perceber se a vacina as previne ou não.

Idosos estão fora dos grupos prioritários na toma da vacina contra a Covid-19
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Isto porque grande parte do fator de transmissibilidade decorre dos jovens que, estando assintomáticos, podem, sem sabê-lo, estar a propagar o vírus a camadas mais vulneráveis da população. Por isso, Larry Correy diz que esta nova investigação poderia dar novas indicações às autoridades de saúde sobre durante mais quanto tempo é que seria necessário o uso obrigatório de máscaras na rua e a adoção de distâncias de segurança.

A ideia da realização do estudo, diz, recebeu "um grande apoio entusiástico da comunidade científica". "Sabemos que, se a vacina reduzir o rácio de infeções, o benefício para a saúde pública aumenta de forma espetacular. Será um dos dados mais importantes a que teremos de ter acesso, e de forma imediata", defende.

Os que apoiam o estudo dizem que a investigação poderá estar concluída em meados de maio. Neste momento, escreve a mesma publicação, falta haver financiamento para que o plano possa avançar — e dependerá sempre da colaboração da Moderna e da Pfizer para que as vacinas possam ser testadas e analisadas consoante os contextos necessários à elaboração de uma conclusão final.

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