Os bebés são, acima de tudo, muito fofinhos. Os pés, as mãos, as bochechas – é tudo bom. A par disto tudo, dão trabalho, e não é pouco. Principalmente, nos primeiros meses. Mas, nos Estados Unidos da América (EUA), não há qualquer tipo de apoio aos trabalhadores que se ausentam nos primeiros tempos de vida dos filhos – não há uma licença parental paga.
No entanto, tem havido uma preocupação crescente dos empregadores no que toca a aumentar a ajuda às famílias dos trabalhadores. Empresas como a Change.org, a Starbucks e a Walmart já aumentaram os benefícios para as funcionárias que acabaram de ser mães, e há a consciência crescente de que a maior preocupação com o trabalhador (e com o que o rodeia) compensa.
Mas há quem vá mais longe, e há uma nova moda a pegar. No setor público e no privado, há empresas que estão a deixar os pais levarem os filhos para o trabalho. E não, não é só por um dia, para conhecerem toda a gente – podem fazê-lo durante meses.
A Badger Balm é uma delas. Podíamos estar a falar de uma qualquer empresa de cosmética orgânica, mas não é esse o caso. E porquê? Porque ali, podemos, a qualquer momento, cruzar-nos com bebés, que podem ir com os pais para o trabalho entre os três e os seis meses de idade (ou até começarem a gatinhar).
A iniciativa é a "Babies at Work", do Parenting in the Workplace Institute e tem tido cada vez mais adesão. Carla Moquin trabalha no instituto responsável pela promoção desta inciativa, e disse à Ozy que o número de empresas que aderiu à prática subiu de 70 para 200, desde 2007. E é fácil perceber porquê.
Algumas empresas já pouparam muito dinheiro com esta política, por ser uma boa forma de reter funcionários. No caso desta empresa de cosmética, também há cinco semanas de licença parental remunerada para serem gozadas, e a hipótese de tirar uma licença de seis meses, mas sem remuneração.
Mas, para além de reter funcionários, a possibilidade de levar os bebés para o trabalho também parece ajudar na hora do recrutamento.
Por um dos departamentos do estado de Washington (o da Saúde), já passaram 55 bebés, desde 2015 (quando o programa "Infants at Work" foi implantando). E, segundo Courtney Dutra, da equipa de recursos humanos do estado, até há quem queira trabalhar lá, precisamente por ter a opção de levar os filhos consigo nos primeiros meses de vida.