Um ex-futebolista de 26 anos agrediu várias vezes a mãe, de 55 anos. Numa dessas situações, no dia 6 de maio de 2023, discutiram na rua e o jovem, que foi vítima de abuso sexual em 2009, esmurrou-a e deferiu-lhe vários golpes na cara com uma chave de fendas que tinha consigo.

O agressor só parou quando foi agarrado por pessoas que estavam nessa rua, tendo sido imobilizado no chão, e depois entregue à GNR, oferecendo resistência, já que tentou pontapear os agentes e até morder um deles. “Vou dar cabo de ti”, “isto não fica assim” e “eu mato-te” eram algumas das coisas que o jovem gritava mesmo após ser detido, segundo o "Correio da Manhã".

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O agressor, que chegou a jogar no Sport Clube Beira-Mar e noutros clubes do distrito de Aveiro, era considerado um “atleta diferenciado” e tinha a “expectativa de uma carreira promissora como futebolista”, mas devido aos episódios de violência para com a mãe estava em prisão preventiva.

Na altura, o ex-futebolista ficou em liberdade, mas estava proibido de se aproximar a menos de 500 metros da mãe, sendo fiscalizado por meios eletrónicos. Contudo, continuou a ir com frequência à casa onde a mulher mora, aterrorizando-a, e além do aparelho estar sempre a apitar, o agressor chegou a deixar de carregar a bateria do equipamento, o que tornou “impossível garantir a proteção da vítima, sentindo-se ela insegura, vulnerável, dentro da própria residência”. Assim, o jovem foi colocado em prisão preventiva a 18 de julho de 2023.

Agora, foi condenado a dois anos e dois meses de prisão com pena suspensa, por ofensas à integridade física qualificada e resistência e coação sobre funcionário. Após a leitura da sentença, foi libertado pelo coletivo de juízes do Tribunal de Aveiro, mas terá de pagar 332€ ao hospital onde a mãe foi socorrida e terá de fazer um tratamento ao álcool e às drogas, devendo ser seguido por um médico para “despistar fatores de risco a nível psicológico ou psiquiátrico”, segundo disseram os juízes.

“Causou à mãe desgosto, mal-estar, medo, tensão, inquietação e trauma psicológico. Agiu com intenção concretizada de atingir a sua mãe, causando-lhe stresse e chamando-lhe nomes, como vaca”, segundo afirma o acórdão consultado pelo “Correio da Manhã”.