Esta quinta-feira, 29 de setembro, foram divulgados os testemunhos de várias jogadoras de futebol feminino que dizem ter sido vítimas de assédio sexual por parte de técnicos do Famalicão. Estas denúncias já resultaram na suspensão do atual diretor desportivo do clube.

Além de Samuel Costa, também Miguel Afonso, treinador da equipa, foi suspenso. A situação foi divulgada pelo jornal "Público", que escreve que os casos de assédio sexual começaram no Rio Ave, antes de Miguel Afonso ter assumido funções no Famalicão, onde se encontra atualmente.

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O jornal escreve que o "técnico trocou mensagens íntimas com várias jovens entre os 18 e os 20 anos do plantel de futebol feminino do Rio Ave" e que "confrontado com a situação, negou". "Agora foi contratado pelo Famalicão, apesar de a direção ter sido alertada", adiantam.

O técnico de 49 anos terá sido alvo destas acusações no Rio Ave, tendo mudado de clube, mas as queixas continuam, por parte de novas vítimas. Dizem que Miguel Afonso lhes pedia vídeos, tentava fazer chamadas telefónicas e combinar encontros. Se rejeitado, esforçava-se por afastá-las do clube e, nos treinos, comportava-se como se nada tivesse acontecido.

"A escolha de Miguel Afonso foi sugerida pelo director desportivo do futebol feminino do Famalicão, Samuel Costa, que assumiu o cargo a 15 de junho deste ano", escreve o "Público", argumentando que o clube estava ciente das acusações de que Miguel Afonso tinha sido alvo, tendo escolhido ignorá-las.

Depois de a notícia ter sido publicada, na quinta-feira, no dia seguinte, várias atletas formalizaram queixas por assédio sexual contra Miguel Afonso na Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Em resultado, e como refere a CNN Portugal, o Conselho de Disciplina da FPF instaurou um processo disciplinar.

Este sábado, 1 de outubro, o Famalicão anunciou em comunicado a suspensão imediata de funções tanto de Samuel Costa como de Miguel Afonso. Afirmam que estas suspensões estarão em vigor "até que a verdade dos factos relativos ao processo instaurado seja apurada" e que vão "fazer tudo" para acabar com quaisquer comportamentos abusivos.