O Metropolitano de Lisboa (ML) "agradece a compreensão dos seus clientes e lamenta os eventuais inconvenientes", mas anuncia que está mesmo prevista uma greve parcial dos serviços de transporte para 11 e 18 de março. Os funcionários já tinham apresentado um pré-aviso de greve, a 23 de fevereiro, mas só esta quinta-feira, 10 de março, surgiu a confirmação oficial. Em causa está a alegada "desvalorização" dos seus problemas por parte da administração da empresa, aliada às "condições de trabalho" e "falta de efetivos".
A paralisação está prevista para esta sexta-feira, 11 de março, e para o dia 18 de março. Neste caso, entre as 5h00 e as 9h00, estando previsto o início do serviço de transporte a partir das 09h30, segundo informou a empresa em comunicado, citado pelo jornal "Público".
Esta suspensão deve afetar a totalidade do Metropolitano de Lisboa, que opera com quatro linhas: amarela (Rato-Odivelas), verde (Telheiras-Cais do Sodré), azul (Reboleira-Santa Apolónia) e vermelha (Aeroporto-São Sebastião). Habitualmente funciona das 06h30 às 01h00, todos os dias. Horário que será então alterado como consequência da greve já anunciada.
Trabalhadores exigem melhores condições
Sem surpresas, a confirmação da greve chegou esta quinta-feira, 10, já depois de os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa terem apresentado um pré-aviso de greve, a 23 de fevereiro. "[O pré-aviso de greve] Tem a ver com as condições de trabalho, a falta de efetivos e o clima por parte da direção relativamente aos trabalhadores, o que perturba o bom funcionamento", esclareceu, à data, Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), em declarações à agência Lusa, citadas pelo "Observador".
Recorde-se de que, já em janeiro, maquinistas e inspetores do ML enviaram um ofício ao conselho de administração da empresa com as reivindicações dos trabalhadores. Documento no qual não descartavam novas formas de luta, como a greve, caso as suas pretensões não fossem atendidas, avança a mesma publicação.
Na altura, deram um prazo de oito dias à empresa para que fosse dada uma resposta às preocupações dos trabalhadores e apontadas soluções. No entanto, a nova greve demonstra que a administração e os trabalhadores continuam em desacordo.