Evaristo Marinho, 76 anos, auxiliar de enfermagem reformado  responsável pela morte de Bruno Candé, que morreu com vários tiros a 25 de julho, não se mostrou arrependido do crime que cometeu. No momento em que foi admitido na prisão, em Lisboa, disse, para quem o ouvisse: "Em Angola, matei vários como este", cita o jornal "Correio da Manhã".

O homem, que recebeu cuidados médicos depois de ter sido agarrado pelas pessoas que estavam no local do crime, terá sido encaminhado para a ala F da prisão, reporta o mesmo jornal, local onde os detidos cumprem quarentena devido à COVID-19. Tem uma hora de recreio diário, fazendo as refeições na cela. Deverá ser transferido para a ala C (onde estão os reclusos mais velhos) a 9 de agosto, data em que cumpre os 14 dias de confinamento.

Testemunhas da morte de Bruno Candé garantem ter havido insultos racistas: “Preto, volta para a tua terra”
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Evaristo Marinho matou Bruno Candé no centro de Moscavide no sábado passado. A Polícia Judiciária não descarta a possibilidade terem existido motivações raciais, depois de os testemunhos recolhidos no dia e no local pela PSP sugerirem o contrário. Várias testemunhas dão conta de que o antigo combatente estava há dias a insultar o ator: “Preto, vai para a tua terra” ou “volta para a sanzala” foram algumas das frases recolhidas pelo jornal "Público", que entrevistou pessoas no local.

O homem Já foi constituído arguido e está em prisão preventiva, indicado por homicídio qualificado e posse de arma ilegal. A arma terá sido roubada à PSP nos anos 90.