Esta quarta-feira, 25 de outubro, Tânia Pinto, de 32 anos, deslocou-se até ao Hospital Beatriz Ângelo para fazer o parto da sua bebé de oito meses, depois de descobrir na terça-feira, 24, uma complicação na gravidez: o feto não tem batimentos cardíacos. Foi numa consulta de rotina nesse dia, no mesmo hospital, que a mulher foi surpreendida pela notícia, sendo-lhe dada medicação para induzir o parto. O nascimento da bebé teria sido marcado para o dia seguinte, quarta-feira, 25.

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No entanto, quando Tânia Pinto e o marido, Luís Pinto, voltaram ao mesmo hospital, a mulher foi informada de que não seria possível fazer o parto por falta de vaga. Os funcionários da unidade de saúde disseram que existiam casos mais urgentes e pediram para o casal voltar no dia seguinte, 26 de outubro.

“Para nós é essencial conseguirmos rapidamente fazer o funeral à nossa filha”, afirmou Luís Pinto ao “Correio da Manhã”. O marido de Tânia Pinto explicou que o hospital também não disponibilizou apoio psicológico, e que a mulher não come nem fala. “A minha mulher precisava disso neste momento (...). Psicologicamente está a ser muito duro, e fisicamente ela tem muitas dores”, disse. 

Luís Pinto afirmou ainda que os funcionários do hospital sugeriram a Tânia que ficasse naquela unidade depois do sucedido, em conjunto “com outras mulheres grávidas ou recém-mães com os bebés”. A mulher de 32 anos optou por ir para casa. 

“Era uma consulta normal só para perceber se o bebé já tinha virado”, contou o marido. O casal já tem três filhas em comum e Luís teve de explicar à família o que tinha acontecido com a irmã mais nova. “Foi uma notícia horrível, estamos todos a sofrer. Estávamos à espera da nossa pequena Eva. Expliquei às minhas filhas que a irmã agora é uma estrela no céu”, disse Luís Pinto.