19 anos e dois meses de prisão efetiva é a soma de todas as condenações que esperam João Rendeiro em Portugal, caso as autoridades lusas consigam extraditar o ex-banqueiro para Portugal. Mas, até lá, podem passar semanas ou mesmo meses.
O ex-banqueiro chegou ao tribunal de Verulam às 9h da manhã locais (7 da manhã em Lisboa) esta segunda-feira, 13 de dezembro, depois de ter passado o fim de semana detido. Iria ser presente a um juiz e, durante o dia de hoje, seriam determinadas as medidas de coação. De acordo com a SIC Notícias, a defesa de João Rendeiro pediu que este só seja ouvido esta terça-feira, 14 de dezembro, pedido esse que foi aceite. Uma das hipóteses poderá ser a prisão preventiva devido ao risco de fuga. Esta audiência acontece dentro do limite do prazo legal, 48 horas depois da detenção do ex-banqueiro, que aconteceu este sábado de manhã, num alojamento local em Durban, África do Sul.
Conhecidas as medidas de coação, o pedido de extradição, que tem de ser feito pelas autoridades portuguesas, terá primeiro de chegar à justiça sul africana no prazo de 20 dias e, depois, até haver uma possível efetivação, poderão passar várias semanas. June Stacey Marks é a advogada de João Rendeiro e garantiu à CNN Portugal que este está a ser "bem tratado".
O banqueiro foi condenado a cinco anos e oito meses de prisão efetiva a 28 de setembro, em Portugal, por dois crimes de falsificação informática e falsificação de documentos. João Rendeiro está condenado a penas de 10, cinco e três anos de prisão efetiva, em diferentes casos e pelos seguintes crimes:
- burla qualificada (três anos e seis meses de prisão efetiva);
- falsidade informática e falsificação (cinco anos e oito meses de prisão efetiva);
- fraude fiscal (10 anos de pena de prisão efetiva)
Viajou para a África do sul em primeira classe
No dia em que foi detido, as autoridades sul-africanas divulgaram uma imagem de João Rendeiro no momento da detenção. O ex-banqueiro usava um pijama da Qatar Airways o que, de acordo com a CNN Portugal, ajudou as autoridades a reconstituir o trajeto, desde a saída de Portugal.
As peças de roupa são oferecidas aos passageiros que viajam em primeira classe na companhia aérea. Rendeiro chegou à África do Sul num voo desta companhia, oriundo de Doha, Qatar. Antes de Durban, esteve em Joanesburgo, tendo saído de Lisboa em direção a Londres.