Rui Alvarenga, o namorado da jovem de 17 anos que foi encontrada morta em casa pela avó na manhã de segunda-feira, 2 de outubro, pelas 11h30, em Alhos Vedros, na Moita, revelou que falou com Lara Gonçalves no dia em que esta morreu. A rapariga disse-lhe que estava doente.
“Na segunda-feira, às seis da manhã, estava à espera dela para ir para a escola, mas ela disse que estava muito mal, que mal se conseguia levantar da cama”, disse Rui Alvarenga ao “Correio da Manhã”. A jovem foi encontrada morta em casa pela avó poucas horas depois, em circunstâncias que levantaram dúvidas às autoridades.
O corpo de Lara estava de barriga para baixo e com sangue, mas não tinha sinais claros de violência. A autópsia, que já foi realizada, revela insuficiência cardíaca, mas foi inconclusiva quanto ao resto, sendo então necessário realizar exames complementares. A hipótese de suicídio já foi descartada.
A jovem de 17 anos estava sinalizada pela escola que frequentava por problemas de saúde mental e o seu quarto era vigiado por câmaras, tendo sido uma delas encontrada no lixo e partida, de acordo com o mesmo jornal. Na manhã em que morreu, Lara ligou ao pai, Nuno Gonçalves, desassossegada com barulho à porta de casa.
Menos de 48 horas depois da morte de Lara, foi encontrado um outro corpo no mesmo prédio em que a jovem vivia, na noite de terça-feira, 3 de outubro, pelas 22 horas. Tratava-se de João Paulo, um homem de 48 anos de nacionalidade angolana, que também se encontrava de barriga para baixo e ensanguentado. Contudo, a Polícia Judiciária (PJ) descarta qualquer ligação entre as duas mortes.