Uma professora do 4.º ano da Escola Básica Eurico Gonçalves, em Lisboa, foi suspensa na quinta-feira, 3 de outubro, depois de ter sido acusada de agressões físicas – a dois alunos com livros na cara e a outro com reguadas –, e verbais, aos gritos, chamando-lhes “gordos” e “mal-cheirosos”, pelas crianças de 8 e 9 anos.
Os alunos deixaram de ir às aulas desde o início da semana passada, e na quarta-feira e quinta-feira, 2 e 3 de outubro, os pais juntaram-se e protestaram, pedindo o afastamento imediato da professora, que já dá aulas há mais de 20 anos. Além disso, foram apresentadas três queixas na PSP por ofensas à integridade física dos alunos, sendo que a docente já tinha antecedentes por situações semelhantes e já tinha sido afastada no passado.
A escola instaurou um processo disciplinar à mulher e acabou por suspendê-la. O Ministério da Educação confirmou ao “Correio da Manhã” que “a subdiretora do Agrupamento de Escolas Professor Lindley Cintra, por despacho exarado a 30/9/2024, instaurou procedimento disciplinar, com base em queixas/participações de Encarregados de Educação de alunos da docente em causa”. Até à chegada de um novo professor, os alunos estão divididos por outras turmas.
O primeiro caso ocorreu a 26 de setembro. “Agrediu um menino na cara com um livro”, contou ao jornal Susana Brito, representante dos pais que criou nesse dia um grupo no WhatsApp, onde surgiram outras denúncias que foram relatadas à direção, nomeadamente agressão a outro aluno com um livro, reguadas a uma aluna a quem dava apoio e várias agressões verbais. “Chamava-lhes gordos e dizia-lhes que cheiravam mal”, conta Liliana Rodrigues, da associação de pais, acrescentando que os gritos eram constantes e ouvidos nas outras turmas.
Ticiana Xavier, repórter do “Dois às 10”, na TVI, revelou em direto esta terça-feira, 8 de outubro, que pediu esclarecimentos ao estabelecimento de ensino, mas não obteve resposta, alegando que a direção esteve toda a manhã em reunião.