O desconfinamento na área metropolitana de Lisboa pode recuar até dois meses. Devido à elevada concentração do número de novos casos de contágio de COVID-19, a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) não só não passa à próxima fase como poderá recuar dois meses, avança o DN.

Há vários cenários em cima da mesa, no entanto as medidas específicas só serão conhecidas esta quinta-feira, 24 de junho, após a reunião do conselho de ministros.

Variante Delta já representa 70% dos casos de infeção em Lisboa e Vale do Tejo
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As medidas mais previsíveis de serem alteradas têm que ver com o setor da restauração. Tal como acontecia antes de 19 de abril, os estabelecimentos voltam a fechar às 15h30 aos fins de semana.

Mas há mais recuos:

  •  teletrabalho obrigatório
  • casamentos e batizados com 25 % da lotação (atualmente é 50%)
    comércio a retalho alimentar aberto até às 21H durante a semana e até às 19h ao fim de semana e feriados
  • comércio a retalho não alimentar até às 21h durante a semana e até às 15h30 ao fim de semana e feriados
  • fim da presença do público em atividades desportivas
  • lojas do cidadão só com atendimento presencial por marcação

Circulação para dentro e fora da Grande Lisboa volta a ser restringida

Tal como aconteceu nos dias 18, 19 e 20, no próximo fim-de-semana, mais concretamente a partir das 15h30 desta sexta-feira, 25 de junho, deverá voltar a ser proibido entrar e sair da Área Metropolitana de Lisboa. Este 'cerco' deverá ser estendido até às 6 da manhã da próxima segunda-feira, 28.

Em entrevista ao "Público", Fernando Medina admite que Lisboa não está "sequer numa fase de estabilização, menos ainda numa fase de recuo."

O presidente da câmara da capital diz ainda que a matriz de risco deve ser revista tendo em conta o crescimento da população já vacinada (atualmente 30%) e que os "critérios para os recuos no confinamento" devem ser reavaliados.

Fernando Medina afirma ainda que é imperioso "acelerar o ritmo de vacinação". "Temos duas grandes armas a acrescer à principal, que é o nosso próprio comportamento: se vamos ou não a festas, se organizamos jantares com amigos e familiares, como é que é a nossa vida social. Depois temos a testagem e a vacinação, é aí que temos de colocar as fichas."