Elisabete Bom Jesus, de apenas 15 anos, tinha sido violada e agredida em casa em São Tomé e Príncipe. Morreu na quinta-feira, 16 de janeiro, duas semanas depois de ter dado entrada no Hospital Pediátrico de Coimbra, avançou o “Diário As Beiras”
A menina chegou a Portugal, em "estado clínico muito frágil", no dia 30 de dezembro e seguiu de ambulância para o Serviço de Urgência do Hospital Pediátrico de Coimbra, revelou o “Correio da Manhã”.
Elisabete Bom Jesus vinha com a mãe e um homem que se apresentava como médico. Os operacionais do hospital perceberam que o suposto médico não apresentava cédula reconhecida pelas entidades de saúde portuguesas, o que levou a autoridade de saúde a chamar a PSP para o identificar.
A jovem tinha sido agredida e violada na sua própria casa em junho, em São Tomé e Príncipe, e deixada em estado vegetativo. Tudo aconteceu quando a mãe saiu de casa para trabalhar. Voltou três horas depois e encontrou a filha amarrada e com fita adesiva a tapar-lhe as vias respiratórias, o que fez com que o cérebro não recebesse oxigénio.
A menina foi assistida e hospitalizada nos cuidados intensivos, em São Tomé, onde esteve 42 dias em coma. Depois de várias semanas, foi-lhe dada alta, com um estado de saúde muito debilitado e em situação irreversível, motivo pelo qual não teve acesso à junta de saúde para tratamento especializado no estrangeiro, avançou o “Correio da Manhã”.
De acordo com o “Diário As Beiras”, depois de uma campanha de angariação de fundos, a menina conseguiu ser transferida para Portugal.