O ator Rogério Samora morreu esta quarta-feira, 15 de dezembro, devido a complicações após a paragem cardiorrespiratória que sofreu a 20 de julho, durante as gravações da novela "Amor Amor", da SIC. A informação foi avançada esta quarta-feira, pela SIC Notícias. Rogério Samora tinha 62 anos. A notícia da morte foi conhecida depois de o ator ter sido transferido, na noite de segunda-feira, 13, para o Hospital Amadora-Sintra, para observação devido a febre persistente, de causa desconhecida, avança o "Jornal de Notícias". Em reação à notícia da morte do ator, a SIC descreveu Rogério Samora como "um homem e ator notável, com um talento ímpar na arte de representar".

"Vivemos momentos felizes e inesquecíveis, que ficarão para sempre na memória de todos", lê-se na nota oficial enviada pelo canal às redações.

Após o incidente durante as gravações da novela, em julho, a SIC comunicou, na altura, que o ator foi transportado de imediato para o Hospital Amadora Sintra onde foi observado e acompanhado pelas profissionais de saúde e a equipa médica responsável por avaliar o seu estado clínico.

Ao final da tarde do dia em que Rogério Samora se sentiu mal, sabia-se que o ator estava internado na unidade de cuidados intensivos cardíacos onde se encontrava "estável", mas com "prognóstico reservado".

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No momento em que o ator se sentiu mal, foram vividos "momentos complicados", com Rogério Samora a ser sujeito a manobras de reanimação pelo INEM nos estúdios da SIC onde estava a ser gravada a novela, segundo escreve o "Diário de Notícias". As manobras foram essenciais para reverter a paragem cardíaca e o ator esteve, depois, internado na unidade de cuidados intensivos cardíacos do Hospital Amadora Sintra.

Na altura, tanto a SIC como a SP Televisão disseram estar "a acompanhar a situação", com todos os colegas e elencos a desejar "as rápidas melhores" do ator.

Numa das entrevistas que concedeu em 2019, o ator revelou que, se alguma fez deixasse a representação, deixaria de ser feliz. "Estou aqui para a SIC. Se deixasse a representação, não ia ser feliz", referiu em declarações ao "Jornal de Notícias". A declaração surgiu depois de, em março de 2018, ter anunciado no programa "Queridas Manhãs", conduzido por Júlia Pinheiro e João Paulo Rodrigues, que iria deixar a representação para trás. Na altura, explicou que "temos de ter a noção de que chega um momento em que percebemos de que há algo" que pode não fazer alguém completamente feliz, descrevendo a sua profissão como "muito desgastante".

"As pessoas pediram-me para não deixar de ser ator"

Um ano mais tarde, esclareceu a posição. "Foi uma coisa que disse sem pensar. Fui pateta e, como tenho o coração ao pé da boca, atirei o barro à parede. Foi um fase do que sentimos, mas não devemos verbalizar. Depois pensei nas saudades e as pessoas pediram-me para não deixar de ser ator", explicou em declarações ao "Jornal de Notícias".

E a verdade é que depois de uma passagem pelo mundo dos negócios, quando comprou um imóvel que reconverteu numa guesthouse, a representação nunca deixou a sua vida que foi, aliás, marcada por isso mesmo. Desde a altura em que assumiu querer sair do meio, participou em produções como "Amor Maior", "Golpe de Sorte" e, mais tarde, na primeira temporada de "Nazaré".

Com uma carreira marcada por várias participações em televisão e cinema (em filmes como "O Delfim", de Fernando Lopes; "O Crime do Padre Amaro", de Carlos Coelhos da Silva" ou "O Mistério da Estrada de Sintra", de Jorge Paixão da Costa"), o ator colaborou ainda com realizadores como Manoel de Oliveira, João Botelho, António Pedro Vasconcelos e Maria de Medeiros.

Dirigido por Filipe La Féria, Rogério Samora integrou ainda espetáculos ou "A Marquesa de Sade de Mishima", "A Ilha do Oriente" ou "Eva Perón". Mas não se ficou por aqui e, no teatro, foi dirigido por figuras como Carlos Avilez, Fernanda Lapa, ou Carlos Pimenta. Nas dobragens, emprestou a sua voz a várias personagens de produções como "O Regresso de D'Artacão", "Os Motoratos de Marte", "O Rei Leão" e "Pular a Cerca".

Foi distinguido com vários prémios nacionais, inclusive Globos de Ouro, e interpretava, à data da sua morte, a personagem Cajó na novela "Amor Amor", da SIC, que se estreou no canal em janeiro deste ano.

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