Maria de Fátima Araújo, 62 anos, desapareceu a 23 de novembro do ano passado. Foi só em 2024 que a família recebeu uma chamada do Gabinete de Medicina Legal para ir reconhecer o corpo, depois de a mulher ter estado 13 dias na morgue, em Cascais, enquanto a família ainda fazia buscas. Agora, sabe-se o porquê desta longa demora: o corpo de Maria de Fátima Araújo estava irreconhecível.

O cadáver da mulher foi encontrado a 28 de dezembro, com documentos de identificação, mas o corpo, em “elevado estado de decomposição e coberto de lama" — tal como escreve o "Correio da Manhã", que cita um familiar de Maria de Fátima Araújo, — dificultou a identificação. Apesar dos documentos que foram encontrados, as autoridades, não estando certas que os mesmos pertencessem ao cadáver, optou por não provocar ansiedade e alarme aos familiares da mulher.

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Assim, o caso acabou entregue ao Ministério Público (MP) de Oeiras, que ficou a aguardar as diligências do tribunal. O corpo esteve 13 dias numa morgue em Cascais, período de tempo em que a família de Maria de Fátima Araújo continuava à procura da mulher.

Maria de Fátima Araújo desapareceu a 23 de novembro de 2023, dia em que foi vista pela última vez na zona do Saldanha, em Lisboa. Foi encontrada sem vida a 28 de dezembro numa horta, em Carnaxide, numa zona erma, de difícil acesso. A família não acredita que tenha morrido de causas naturais e já pediu uma segunda autópsia, escreve o "CM", apesar de a Polícia Judiciária afirmar que não existem indícios de crime.

“Precisamos de descansar, precisamos de fazer o luto da minha irmã. Não era ali que ela ia escolher morrer”, afirmou o irmão da mulher, citado pela mesma publicação. No local onde foi encontrado o corpo, os familiares recolheram pertences da vítima que afirmam terem sido desprezados pela polícia.